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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FASES ESPIRALADAS


Guardo em  mim a sensação de ser muitas em uma
De a cada dia ser diferente do que ontem fui.
Vivo como se o hoje fosse meu único dia,
E meu amanhã um futuro indefinido.
Sonho, sonho muito...
Mas a sensação que tenho é a de que nunca me pertenci.
Simplesmente passo.
Caminho em constante renovo.

Sou primavera no inverno e verão no outono.
Às vezes coincide o interior com o exterior.
A vida tem suas surpresas.

O bom é manter os sentidos acesos para perceber
a sutileza das mudanças: a irrealidade do real
pelos universos de sentidos e sensações.
Metamorfoses de mim. Metas em fases espiraladas
em compassos que mudam pelo olhar e no ritmo
determinado de nossas pegadas,
por vezes apagadas.

Resta-nos o exemplo e as palavras do que fomos somos e seremos
para aqueles que conosco conviveram.

Que esta passagem seja sempre o passaporte
para seguirmos nas trilha da evolução,
Pois é a minha imperfeição que me aperfeiçoa.

Andreia Cunha









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