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sábado, 21 de setembro de 2013

DESPROVERBIANDO




Arma mole em alma dura tanto bate que um dia surra

Alma mole em armadura tanto bate que um dia cura

Lama mole em lama dura tanto bate que mistura

Cama mole em alma dura tanto abusa que um dia a fura

Fama muita em alma crua tanto vem que um dia ‘avua’

Dama pobre com alma puta tanto dá com mais procura

Pedra mole em água dura que que dá essa loucura?


andreiACunha


MIRANTE 82 - MÚSICA E POESIA - PERFEITA CIA


O LANÇAMENTO NA DATA DE ONTEM - 20-09-2013 FOI UMA VERDADEIRA LOUVAÇÃO AO BELO QUE VEM COM A PRIMAVERA: MÚSICA E POESIA.
O SOM DAS CORDAS DO QUARTETO MARTINS FONTES SAUDOU NOSSAS ALMAS E OUVIDOS COM O QUE HÁ DE MELHOR DOS MANJARES DOS DEUSES.
CERCADOS POR LIVROS, PESSOAS INTERESSADAS EM ARTE E NO FIM COMIDINHA.

APROVEITO PARA REPASSAR AQUI O TEXTO PUBLICADO NA REVISTA.
AGRADECIMENTOS AOS AMIGOS: VALDIR ALVARENGA, IRENE ESTRELA BULHÕES E SIDNEY SANCTUS.
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A REFORMA INFORMA: HAJA, AJA, JÁ.

E a palavra o fez. Não, não foi o contrário.
Quando esta nasceu disposta nos ares do Vazio o que antes era Nada se dissipou. A palavra antes candidata a personagem se tornou também espaço e tudo o que hoje existe mesmo ainda no desconhecido.

Você é palavra! Suas células? palavras que se alimentam de outras tais como vitaminas e proteínas, DNA, em formato yin yang espiralado e giratório e porque não Verdade, Verossimilhança,Perguntas e porque não de ETC.

São todas palavras! Parecem soltas? Então desarme-se do sentido neoclássico de ser e adentre o universo da linguagem além de determinações pomposas e claras que instituem o modo de se ser no mundo.
Não, nada é simples de se apreender quando a vontade da mente preza pelo se libertar das amarras as quais querem nos aprisionar. Suas palavras são SUAS, ninguém as pode controlar a menos que você deixe.

Há seres que por conta disso nem nasceram para a vida ainda. Nem feto, nem semente...
Descobrir-se requer retirar os mantos que nos tentam cobrir das fôrmas sem formas. Para isso desformas, reforma, informa, com forma e não apenas conformar no conformismo da palavra.

Muitos abrirão o corpo para receber as informações outros se fecharão com medo da morte exposta no bisturi que se afigura nesse abrir o corpo pela mente. Outros sabedores desse círculo mentem para que tudo continue como está.
A palavra lavra a terra e a prepara para recepcionar a semente nova. Ela não apenas está escrita nos céus como nuvens passageiras. O receptáculo de nosso céu corpóreo também é um baú de surpresas quando se sente um cheiro, um toque uma luz um insight.

Nisso descoisificamos nossa existência e nos deixamos ser significado potente para a metamorfose que é o dicionário sem o construto do filólogo externo. Somos nosso filólogo construímos nossa arquitetura e lutamos por ela com tijolos aéreos de palavras, muito mais potentes dos que concreto, pois é no abstrato que a verdade se esconde dentro de cada ser.
Não se perca do abstrato Luz. Faça-se luz dizendo você mesmo: Haja... Aja. Aja 
Ah já...
já...


andreiACunha





ESCREVER É...



...por natureza
uma pretensiosa definição


...deixar fluir a vida 
junto à alma em plena sintonia 
com os sentidos 
e também as sensações. 
Sentimento...

andreiACunha


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

PASSARÕES PASSARINHOS




Prefiro a leveza dos passarinhos a uma enxurrada de palavras.

Prefiro a beleza de uma flor com seus espinhos

a um oceano de palavras cujas ondas mais mareiam 
os sentidos que reverberam no vento da ilusão.
A verdade não precisa ser dita
apenas sentida. 
No fundo o que prevalece é o ser
nunca o parecer.

andreiACunha



quinta-feira, 19 de setembro de 2013

POEMA EM I





Almocei e jantei de minhas carnes
mastiguei minha língua
e pintei com saliva, suor e urina
à arte pela qual sobrevivi

Bebi meu sangue
e o deixei fluir no mar
de minhas veias

Essa foi minha ceia
Sumi e reapareci.
Segui, morri e renasci.

Um 'renasço' cíclico
de quem 'i'
quer o ponto alto
pingo como fim
da 'escalida'
Finda.

andreiACunha






domingo, 15 de setembro de 2013

ATENTAR



Eu tentei... em tudo tento sempre 
e nunca desisto de tentar.
O sonho é o que me move.
Atento até conseguir...
Atenta ao mundo
Indo fundo...
Ah se tento...

andreiACunha



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SINTOFONIA

SE POSSÍVEL, LEIAM O TEXTO OUVINDO A MÚSICA.


A consciência corre ao sabor das notas num fluxo e refluxo de maré. Uma viagem ao redor de mim e do mundo que me cerca. Cosmicamente, um universo repleto de passados e futuros misturados como se um déjà vu me tomasse e um imenso rio quisesse brotar dos olhos.

Uma cena, roupas no mais antigo estilo e um amor perdido no tempo se repete infinitamente por diversos motivos e razões além do espaço que se aninha na vida seja no antes ou nos depois de suas sobreposições. Vidas marcadas por sentidos, sentimentos sensações e que num flutuar de notas em pentagramas determinam que o melhor é só mesmo no fim da alta escalada árdua, no desvendar dos enigmas-desejos até atingir o mais elevado grau da superioridade mental e espiritual.

Nada é permanente e no provisório tudo se refaz de outros jeitos, outros olhos, mas que pode ser revisto e revisitado para o fortalecimento de uma luz que precisa ser polida para brilhar além do que já se possui como verdade para si...

O mundo ao redor, meu corpo, pede movimentos de giros atômicos para acelerar o processo evolutivo e dançante da vida que baila nas explosões musicais que me tomam. Sou toda  ouvidos como forma de vida fluida e simples nas rebuscações dos instrumentos que compõem a partitura e as diferentes vozes que remontam de algum modo a profundidade do meu eu interior além das dimensões conhecidas e vividas.

Há mais. Há mais de mim em mim mesma. É como um abandonar de cascas para o ressurgimento num  universo maior que me ronda e também me desfaz. Apesar do abandono da casca velha, cresce-se e isso é mais que o exemplo da cebola sendo desfolhada para o nada que lhe é.

Cresço e me desfaço, diluo e me uno, mas não me deixo de me ser: em só um corpo sou muitas, infinitas muitas que sopram ao vento da preleção musical da sintonia da morte Sinfonia da vida. Linda...


andreiACunha




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

BAILARINA CAVALINHO CARROSSEL



Um eterno depois. A vida lhe parecia sempre vaga prestes a ser preenchida pelo vazio que a tomava na espreita constante do que no depois iria fazer. O corpo ansiava o futuro, mas na mente, o passado passava presente.

Ela? totalmente ausente de si no mundo real. Era futuro em passado na angústia do que faria no instante seguinte. Era o acordar, a hora do almoço, os afazeres rotineiros, modificados apenas pelos finais de semana que no fundo eram tão iguais a outros finais de semana.

O mundo prosseguia como receita de bolo sem chances para um algo inesperado. Tinha medo do inesperado. Procurava a segurança do depois planejado e do passado na memória em eterno repetitório de quem já sabe o que no depois virá. Eterno passado passado a limpo.

Um giro eterno na rotatória da vida em carrossel de altos e baixos. O mesmo cavalinho branco conduzido pela força do motor que o impulsiona nos movimentos circulares. Quando se é criança ainda há graça. Com o passar do tempo, algo mágico se perde mesmo com as mudanças de paisagens e as formas de se ver.

Queria descer do carrossel, sair dos giros gritantes condutores de seu corpo acostumado àquele tipo de tortura-prazer. Não sabia se ser. Fora dali seria apenas o cavalinho inútil e sem conserto. Relento.

Precisava com urgência reler-se, mas não sabia onde havia deixado o livro que a decifrava em enigmas sobrepostos até mesmo para ela: autora e narradora, personagem protagonista e coadjuvante, mocinha e vilã de seus próprios atos.

Fatos a deixavam insegura e, por isso, a vida lhe assustava tremendamente por não saber sair do papel que a fazia ser mesmo que assim na condição minoritária que se julgava pertencer.
Sua augusta angústia viera no mês errado. Agosto já tinha terminado. A perspectiva primaveril e os dias mais mornos com noites ainda frias a deixavam oscilante, vacilante em sua temperatura madura imatura.

Gostava e gastava seu ser nesses lances fatídicos e factuais. Nada mais reflexivo que a arte da dor no corpo que ansiava seu fim em perseguição pelo bem supremo e comum. Sonhava. Era típica sonhadora e isso lhe doía na alma.

Era fora do carrossel, fora da roda que bailarina bailaria seus giros. Por enquanto, sonhava na caixinha de música como cavalinho em carrosel.


andreiACunha






PRE FIRO

PREFIRO PAGAR
O PREÇO DA CORAGEM
AO CONFORTO
NA COVARDIA.

andreiACunha