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sábado, 30 de março de 2013

SAL DA IDADE




Intensa
Imensa
Saudade lenta

Nua
Crua
Saudade pura

Mansa
Santa
Saudade insana

Insossa
Insípida
Saudade líquida

Por hora
Vida morna
Saudade?
-  Fora!

andreiACunha





A ARTE DAS ARTES



A ARTE DAS ARTES

É PODER DIZER POR INÚMEROS MEIOS AQUILO QUE DESCONSERTA OU DESNUDA O DESNUDÁVEL MEDO

É PERCEBER NO OUTRO A SUA PRÓPRIA DESCONSERTÂNCIA DESNUDADA E À MOSTRA

É SENTIR-SE FORA DOS MOLDES TRADICIONAIS E TAMBÉM DOS NÃO TRADICIONAIS

É ATRELAR-SE AO UNIVERSO NÃO APENAS POR VONTADE, MAS TAMBÉM POR VOCAÇÃO

É NÃO SE APROPRIAR A ESSE MUNDO E DESSE MUNDO COMO SE A ELE PERTENCÊSSEMOS OU O PERTENCESSEMOS PARA NOSSO BEL PRAZER

É DEIXAR A INSANA LOUCURA SER MAIS DO QUE REAL
É SABER QUE O REAL É APENAS UM SENTIDO TOSCO DE NOSSAS TOSCAS SENSAÇÕES

É ULTRAPASSAR SEM DERRUBAR OU PISAR NOS QUE ESTÃO AO REDOR

É PERMITIR-SE VOAR SEM ASAS E SENTIR QUE O RETORNO É SEMPRE EM NÓS NOS DESATARES DESSES NÓS QUE NOS FORMA E DESENFORMA.

andreiACunha







sexta-feira, 29 de março de 2013

CONTRAPONTO E P(R)ONTO




Quem é você 
quando em meio a um labirinto 
todas as portas se abrem 
em possibilidades?

Quem é você, ó criatura que se diz divina, perante a liberdade que tanto em ti anseias?

Quem és tu?

Porta, labirinto, criatura, liberdade?


Quem sou perante esses espelhos e reflexos?

Sou me só um, só,
só no não ser e já por demais pensar me ser
nesse só não mais me ser.

Fuiste fui,me foi-ce ...foi.

andreiACunha

terça-feira, 26 de março de 2013

COM SEM CIÊNCIA


Meio dia é a hora. Todos os zumbis saem de suas tumbas e põe-se a andarilhar pelo recinto. Maquiados como vivos enganam os mais desatentos. Parecem fiscalizar os demais na busca de problemas para serem solucionados. Procuram tudo menos a cura para seus descabidos atos.

Caso encontrem os referidos problemas dão um jeito de se sentirem superiores como se fossem a salvação única e exclusiva do planeta-mundo em que sobrevivem, exigindo os louros dos agradecimentos ao final.

Nada para quem está de fora faz sentido. Os valores são outros... Os louros são como couraças que impedem de enxergar com profundidade. O ouro é de tolo. Couro, chicote da escravidão que os manipulam para suas verdades.

Consideram trabalhar para um bem e com isso produzir o progresso em tecidos com os fios da evolução que pensam possuir. No entanto, são os fios que os enredam em suas teias de convicções aparentes.

São todos sucumbidos, consumidos com a chegada da próxima geração que igualmente pensará que se faz produzindo no quase nada a que se julgam muito ser dentro do sistema. Vivem o mundo pelo avesso, pelo reflexo turvo e embaçado que os confundem.

Triste é perceber a arrogância, o pretenso domínio da vida e das irremediáveis leis na pequena força de seus braços e pernas consumidos por outra lei: a da gravidade lenta e cruel

É para o absoluto nada o percurso que trilham juntamente com os já cônscios de suas condições.

A única e pertinaz diferença é o estado de consciência... Com ou sem ciência...

andreiACunha     




  

domingo, 24 de março de 2013

O CORRER DA VIDA



O AMOR ME ALCANÇOU
DE MODO INSUSPEITO
ME DEIXOU CALADA
MUDA NO TEU PEITO

ESTOU COM MEDO
E NESSES TODOS RECEIOS
QUERO A OUSADIA
DE SENTIR O TEU SILÊNCIO

JUNTO AO MEU CORPO
LOUCO ESTÁ NOSSO DESEJO
PERMITINDO-NOS O VOO

PERCORREMOS EM HARMONIA
VIVEMOS SINTONIA
O CORRER DA VIDA EM NÓS ANINHA

andreiACunha











ECLIPSE POESICULTURA



Posto essa poesia em homenagem a amiga Vânia que gentilmente confiou em mim para escrever-lhe um poema sobre seu eterno amor por Shiryu Ssilvagato.
Grata pela oportunidade, Vânia Turcato Syrayama.



Terra.
Lua.
Antes estranhas criaturas
Em diametral postura
Terra, lua
Agora próximas figuras
Numa só enfibratura
Terra lua
Uma só escultura
Em poesicultura
Eclipsaram-se num só corpo
Tímido meigo
Do amor gramático mais que perfeito
Matemático sujeito.

andreiACunha