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sábado, 23 de fevereiro de 2013

MAPA SINTÁTICO SINTÉTICO ANALÍTICO



VIDA
SAUDADE
SONHO NO CORPO
ETERNO ENCONTRO
DO MEU JUNTO AO TEU
SOMOS ENCANTO DE CONTOS
MUITO OU MAIS DO QUE LOUCOS
TESOURO PERDIDO
VONTADE 
E PONTO.
X

andreiACunha





sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

9IDADE ESBOÇADA


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

CRIADO




Abriu o livro como quem abre os olhos para o mundo.

Antes, ingênua, não percebia a vida, seu jogo velado criado pelos participantes mais atentos.
Tudo agora lhe parecia novo. Uma pequena mudança de foco a fazia perceber a escuridão e o mais importante aprendia cada dia mais a enxergar através dela.

Não era necessariamente a luz que abrigava os seres contra o mal ou os protegiam com seu suposto bem. Era basicamente a noção do tamanho do seu escuro interior que a faria encontrar meios de alumiar seus espaços.

Era nas palavras que o enigma se escondia e muito bem perante a inércia, a preguiça e o descaso do homem – bichinho tão pretensioso e repleto de vaidades distorcidas em seus espelhos.

Naquele momento, de livro aberto e mente ainda inebriada a vida se revelava bem acima das peças do dominó com seus números marcados e subdivididos por uma barra. As peças, antes um mundo individual, vistas de cima pareciam apenas figuras soltas e ingênuas e não mais muralhas deitadas inescaláveis com os pontos pretos em imensas depressões.

Era boa, muito boa a sensação de despertencimento, despregamento do chão pela lei da gravidade. Pena que demorara tanto para sentir esse amadurecimento sensorial. Talvez houvesse um motivo ainda escondido nas mangas do Sr Destino.

- Sr Destino.

No entanto, percebia também que personificá-lo era uma fuga de sua própria trajetória de vida. Estava vivendo, vivenciando o que consequentemente construíra por descuido ou excesso dele.
Nomear é tomar posse do antes inominável, mas quando o ato apenas joga o jogo das culpas e desculpas as regras são alteradas e, sobretudo, era essa a artimanha que estava aberta a entender.

O livro não continha só palavras, era em seus mudos, em seus pontos cegos que a surdez dela, leitora, se curava. Haveria de ouvir quando bem quisesse e quando não quisesse teria a escolha como opção.

Desviaria das sombras do medo presentes na escuridão sob as capas do terror no abrir da mente como se abre uma porta em meio a um labirinto. Do alto era possível ver. Sentir. Perceber que não era criada para criado. Que os criados não são apenas os mudos engavetados. As páginas podem ser viradas, lidas e relidas, até o fechamento e a abertura por outrem interessado em seu conteúdo. O belo mistério do escritor-criador.

Não sabia o motivo da criação e apesar de o desconhecer essa era a liberdade que teria de aprender a apreender. Viver e Com viver.

andreiACunha









terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

...MORRER NA PRAIA




...MORRER NA PRAIA

Nascera e o simples ato em si era uma festa... A vida se multiplicava mais uma vez como enfim continuaria a acontecer se a deixassem seguir livre curso pela natureza.

Picara o ovo e dali saía feito novo bebê desconhecendo o real mundo para o qual estava ressurgindo como ave. Mal sabia o que se era. Mas seus olhos, pequenas jabuticabas, tentavam vislumbrar o que seria dali pra frente.

Papai e mamãe em redor aplaudiam a coragem do pequenino e desde então já assumiam a responsabilidade pela vida que ambos formaram pelo desejo misturado a um especial carinho de recriarem-se num só.

Belo, arrepiado e já alimentado pelas bocas com a comida, sopa empapada, que o manteria até ter condições de ele mesmo se sustentar.

Seria o momento glorioso que abriria suas asas e seria como os pais, livre para alçar novos voos e enfim reinventar seu destino. Re-repetir o repetido sempre transformador apesar de contínuo em notas rés em sinfônica harmonia da vida em profusão. 

Tudo perfeitamente sublime não fosse a massa pestilenta e destruidora que se prefigura em mão humana que por maldade disfarçada de falta de educação, descuido e falta de importância com seus ínfimos atos deixa seus restos se proliferarem tão grandemente quanto a  sutileza da mãe natureza em suas mais espontâneas manifestações.

Famílias inteiras antes unidas em festa agora choram a perda de milhares que ingenuamente confundem tampinhas, quinquilharias humanas industrializadas  com comida. Almas em anjos aves agonizam seus momentos sem saber que a vida não é só aquilo. 

Que a vida não é só...

andreiACunha







domingo, 17 de fevereiro de 2013

INESPERADO ÓBVIO (OU PARA MEU AMOR SABER)




Na esquina, o inesperado não mais me surpreende. Estou repleta de surpresas do teu eu que chegou antes de dobrá-la. Fui, a bem dizer, acordada por essa suave esperança que veio a meu encontro enquanto vislumbrava em outra direção.

Olhava à direita, à esquerda e vieste do óbvio. O óbvio que por sinal deixou de sê-lo nessa carta sem contrato. Tamanho mistério em enigma criptografado ainda não me clareou os sentidos embora estes estejam mais do que aflorados.

A pele exalando o perfume em flor desmancha toda a velha expectativa antes diluída nas sombras do meu eu. Agora somos nós. Emaranhados por vocação e desejo de assim se ser e se sentir. 
A nuvem desanuviou o sol que voltou a brincar com as meninas dos olhos meus com os agora revelados teus.

A ciranda em perfeita dança faz o sonho flutuar no meio dessa roda que é a vida em impulsos. Nossos pulsos, ansiantes desse ar, seguem o ritmo do sangue sereno a borbulhar nesse oceano místico menino de nossos corpos a suar.

Adolescentes vestígios de um amor nascendo desse encontro terra e água em amor semente prestes a brotar. Nada menos importa do que deixar seguir seu curso, movimento desse espelho reflexo meu nos olhos teus.

andreiACunha





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ÁGUA-TERRA




Tudo nos leva a brotar
A florir o amor em primavera
Tu,Água: Inesperada e sorridente
Eu,Terra: inquieta  e insegura
Éramos até então apenas desconhecidas criaturas
A espera do encontro
Em meio à chuva que surpresa nos marcou
Bela flor saiu contente
Marota no seu nascer
Criança nos olhos
Meninas na entrega do momento mundo

andreiACunha





segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O FOCO DOS FATOS





Para onde os olhos se voltam ali está o foco. O que se esconde quando este olhar é direcionado de maneira controlada? Quando esse enviesamento procura deslocar o que antes se tinha como direção?

Algo muda matematicamente em questão de ângulos e graus, pois o corpo muda sua postura passa a ter outro norte e o que antes era o alvo evidente de ação sai da berlinda por um ato violento de deslocamento do olhar.

Talvez não se já claro para a grande maioria, no entanto, deslocar, enviesar e ou desfocar para outro ponto acaba por si transformando outra questão mais importante que a anterior.
Não se fala aqui em fatalidades, fala-se de algo pensado, calculado.

Politicamente há desejos, interesses obscurecidos que não se revelam na medida do tempo em que o fato acontece. Geralmente, é o distanciamento temporal que esclarece pelas vias históricas quem procura o entendimento mais esclarecido pelo assentamento dos acontecidos.

Crises de valores sejam estes morais, monetários culturais e ideológicos se chocam com os atos, os fatos que criam ou são criados para amenizar rumores e revoltas. Talvez seja uma atitude desesperada de conter o que se prevê para longo prazo. Seria uma guerra, um estopim de intolerâncias encobertas pelas vertentes politiqueiras não necessariamente governamentais e partidárias?

Mexer e remexer com sentimentos são as melhores maneiras de mobilizar olhares coletivos elevar e rebaixar conceitos, arrebanhar ou dispersar mentes e controles. Nada nesses quesitos são impensados ou ingenuamente decididos por apenas um só ser. Há um esquema que decide quais as melhores atitudes a serem tomadas e como se guiará a maioria.

Nisso tudo, claro fica que não há despropósitos nem desprendimentos individuais.

Algo há. Basta pensar e aprofundar.

andreiACunha





domingo, 10 de fevereiro de 2013

ENTRE TANTOS




Não não sei é medo, desejo ou apenas ilusão
Sim, receio, anseio e sonho
Mas fujo-me na água dos insanos
Na fuga dos doentes
Em meio ao leito indecente
Do rio em corrente.

Acorrento-me
Na terra semente
E não me deixo nascer
Sou frio quente
Denso e impotente
Para lidar com essa mente
Que tenta ser mais um
Entre-tantos entes

andreiACunha