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quinta-feira, 30 de junho de 2011

QUE AS IMAGENS FALEM POR MIM...


FOGO TERRA ÁGUA E AR













ESCRAVO DA INQUIETAÇÃO


Sou escravo de mim quando olho o relógio
E espero algo que não vem.
O toque do celular que não acontece
O telefone enquanto tomo banho.
Caminho no falso pretexto de te encontrar
Nas esquinas da vida que me montam
Ouço a chuva e nela um assobio
Vivo nessa sobrevida pronto para te ver
Para o eu voltar a ser


Andreia Cunha

quarta-feira, 29 de junho de 2011

LITTERA SCRIPTA MANET



FRASE DE HORÁCIO QUE SIGNIFICA: A PALAVRA ESCRITA PERMANECE.

QUEM É CAPAZ DE CONTRARIAR ESSA VERDADE TÃO SECULAR?

HOJE, ASSIM COMO ONTEM, E NISSO INCLUO O PASSADO REMOTO, PODEMOS DIZER QUE A PALAVRA NUNCA  PERDEU SEU LUGAR NO MUNDO  POR CONTA DA MODERNIDADE
ELA GANHOU NOVAS ROUPAGENS COM AS NOVAS TECNOLOGIAS, POIS NUNCA SE ESCREVEU TANTO QUANTO ANTES. 


TUDO DEVIDO À E-MAILS, BLOGS BITS, BYTES, ETC.
QUEM NUNCA OUVIU FALAR EM NEUROLINGUÍSTICA OU ANÁLISE DO DISCURSO- CIÊNCIAS TÃO ATUAIS CUJO OBJETO DE ESTUDO É A PALAVRA?

CONCORDO COM DRUMMOND AO DIZER QUE
"LUTAR COM PALAVRAS É A LUTA MAIS VÃ"


ANDREIA CUNHA











O IN-VERSO DO IN-VERNO


TEMPO DE RE-COLHIMENTO
 IN-TERIOR
 IN-TROSPECÇÃO

DESEJO:
 AQUECER O CORPO, A ALMA
NO FRIO QUE CONGELA AS MÃOS
 NUNCA OS PENSAMENTOS.

O MAIS ABSURDO:
 IMAGINAR  QUE NO SÉC XXI AINDA SE MORRE
DE FRIO POR TER PESSOAS
SEM MORADIA. ESSE É O
IN-VERSO
DO IN-VERNO

 

MULTIVERSOS DA PALAVRA: O ESTRANHO SUMIÇO DE MIM

MULTIVERSOS DA PALAVRA: O ESTRANHO SUMIÇO DE MIM: " multi dão Olhei-me no espelho e não me reconheci. Quem era aquela senhora distinta que se refletia roubando minha imagem que deveria..."

MULTIVERSOS DA PALAVRA: A MOR TE DA VI DA

MULTIVERSOS DA PALAVRA: A MOR TE DA VI DA: "A MOR TE DA VI DA A verdade nunca lhe pareceu ter uma única face. Havia meios de reconsiderá-la sob os diversos ângulos, assim pensav..."

MULTIVERSOS DA PALAVRA: PRAZO DE VALIDADE

MULTIVERSOS DA PALAVRA: PRAZO DE VALIDADE: "Prazo de validade O momento mais preciso era aquele... Não poderia deixar passar aquela oportunidade... Teria de abrir a boca e falar as p..."

PRAZO DE VALIDADE


Prazo de validade


O momento mais preciso era aquele... Não poderia deixar passar aquela oportunidade... Teria de abrir a boca e falar as palavras cruciais... Não que as palavras fossem duras e pesadas... Mas porque tinham como qualquer produto perecível: prazo de validade... E as tais tinham o prazo de validade pronto para vencer ali mesmo no agora...

Conversava com o alvo direto das palavras, mas lhe faltava coragem para pronunciá-las... Passaria pelo crivo de um silêncio antes da resposta... E este silêncio, apesar de curto no tempo, seria fatal, caso a resposta fosse diferente da que esperava... Seria infinito enquanto durassem aqueles segundos... O que fazer? Sentia o coração pular... O alvo falava e falava muito... Prestava a atenção somente com os olhos porque o ouvido estava em outra sintonia... A sintonia da vontade de dizer o que não tinha sido dito ainda... Ela conversava graciosamente... Ele notava seus gestos e cada detalhe era observado, lido e analisado com cuidado e armazenado na memória com muito carinho...

Sentiu que a bala que mantinha na boca agora lhe ardia como fogo... Era um dropes mentolado... Já o mastigara... 

Porém, o frescor forte que lhe ardia na boca tomara todo seu corpo e não conseguia mais prestar a atenção com tanta informação no cérebro e na boca que se recusava a falar por medo...  Volta e meia concordava, balançando a cabeça e falando palavras de afirmação... Nada mais profundo... Pois sua profundidade estava toda nos gestos daquele ser que o envolvia em pensamentos inseguros, mas nem por isso menos desejados...

Naquele momento, queria mesmo abraçar-lhe e tascar-lhe um beijo mesmo que roubado... Sentir o cheiro de sua respiração e o gosto de seus lábios... Por que pensava tanto no depois?

O momento era tão propício! Talvez ela mesma esperasse aquela atitude da parte dele... E ele, com o receio estúpido envolto no pensar do que seria no depois... Não se considerava tímido... Mas ela o deixava assim... Bobo... Na verdade, sabia que a culpa não era dela, mas sim de outro “ela”: A PAIXÃO... Esse sentimento não lhe era conselheiro... Era acima de tudo perturbador, tirava-lhe o chão e a razão... Latejava no seu corpo oras de dor e oras de prazer...

- Que me diz? Interpela o alvo... Ele completamente sem ação... Toma consciência de que era mais do que nunca o tal AGORA... Teria que dizer... Ai, e a dor era intensa... A boca mal abrira, mas lançou o pedido ou como mais parecia um lamento inaudível... “Quer namorar comigo?...”

Ela o olhou e sua fisionomia mudou... Antes sorria... Tornou-se séria, mas serena... Fixou nos olhos do rapaz e deixou-se levar pela emoção coisa que ele reprimia como se estivesse para praticar um ato ilícito... Achegou-se bem perto de seu rosto e beijou-lhe no cantinho da boca... Para que este ainda ficasse mais aguçado pela vontade de beijar-lhe por completo... Ele!?... Mais parecia uma tábua... Porém soltou-se aos poucos naquele beijinho que parecia eterno... Abraçou-a... O beijo já estava quase terminando... Não resistiu e prendeu-a em seus braços que a envolviam pela cintura...

Seus pensamentos de outrora?... Dissolveram-se como fumaça... Idênticas às dos balões de histórias em quadrinhos... Em seu lugar apenas símbolos flutuantes de um desejo realizado... Embora não esperasse tanta coragem de sua parte...

Aproveitou aquele momento como se nunca fosse acabar... Paixão? Hã?! O Que era aquilo? Mal sabia seu nome! Para que filosofar?!

ANDREIA CUNHA