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sábado, 20 de agosto de 2011

EM TERRAS DESCONHECIDAS


Tentarei adentrar pela porta que está ainda entreaberta. Tenho medo e tento já há dias superar-me com coragem e forças para encarar o fatídico e inominável desconhecido. O que virá desse lugar poderá ser mágico pelo tanto que ouço, mas ao mesmo tempo assustador, pois também sei de casos de seres sucumbidos pelo magnetismo exercido pela natureza do espaço sobre os corpos.

Ser sucumbido não é de todo ruim. O maior empecilho nesse caso é perder a noção do retorno. Penetrar o universo do inconsciente já é em si um ato de entrega, entretanto perder-se a ponto de não saber a saída pode ser traumatizante.

Não será a minha primeira vez nesse mundo. Estive em outros tempos embora ache que com pouca profundidade. A cada descida o desafio é ir mais longe e trazer o tesouro mesmo sem o mapa com as definições exatas do local.

O mapa somos nós mesmos que percorremos nossas entranhas pelas vias do pensamento e do pulsar marcante das batidas do coração – tambor rufante tal como um som ritualístico de principiante com tarefa de cumpridor de uma missão.

Aqui estou eu novamente em terras estranhas. Nunca as mesmas. Sempre com outras águas para serem navegadas e desbravadas. Precisarei dos deuses do Olimpo e suas hierarquias para enfrentar a nova jornada. Não carrego armamentos nem suprimentos. Não dá para levar bagagens além da do corpo que aos poucos se desforma para alcançar a plena comunhão com o universo.

Quem diria, pensava ter feito o caminho e na primeira apreender os mantras sagrados da criação. Sou mesmo mera mortal tentando ser partícula do corpo Divino na petulância do querer respostas. Hoje estou aprendendo um pouco mais e sei que as perguntas são mais importantes que a ânsia de respostas mesmo vagas por não estarem amadurecidas pelo tempo próprio.

Não posso dizer o que disso tudo aprenderei e como sairei. Esta é uma jornada peregrinatória nas quais os caminhos se encurtam ou encompridam conforme as ações. Tudo é relativo e em constante mutação.

Portanto, caro amigo Eu se quiser aceitar o convite que te faço não tenho tanto tempo para esperar suas hesitações. O momento é este. A hora é agora. Se vier será meu companheiro, caso contrário um grande expectador, mas jamais estarás ausente dessa saga que também é sua por bênção ou maldição.

Andreia Cunha










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