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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

OS ISMOS DO CINISMO NAS RELAÇÕES HUMANAS




E mais uma vez o cinismo supera em mascaramento o aprofundamento e a compreensão das relações humanas.

Brigas são maiores nos finais de semanas, a convivência em família, no trânsito, entre vizinhos, as crianças nas escolas com o tal bullying e etc estão tomando proporções insuportáveis, mas o incrível é que há sempre uma justificativa para acobertar o caráter do mal-humano e discuti-lo superficialmente sem que adentremos o conteúdo do prato fervilhante dessa sopa delirante.

Estresse, pressões no trabalho, humilhações em cumprimento de metas, mecanização do homem, busca por consumo como objeto de felicidade e por aí vai são só temas que pairam sobre o problema muito mais denso em sua formação.

A anestesia mental é tão grande que muitos justificam que buscar terapias alternativas é a solução mais plausível. Imaginem! Um mundo na qual a grande maioria mal tem dinheiro para o mínimo básico, como oferecer falsos recursos nas quais mais dinheiro será gasto?

O refletir e compreender estão nas mãos dos ‘anestesistas financeiros’ e gananciosos que detém uma esfera de reflexão de ideologias massacrantes nas quais não compete o pensamento como caminho plausível para discussão e, conseqüentemente, tudo fica preso no universo dos intelectuais que adentram temas políticos, filosóficos, sociais não acessíveis a grande maioria.

E o pior é que isso ocorre em cadeias de hierarquias: os detentores do dinheiro, os detentores do governo, da mídia, aos pequenos chefes numa síndrome de supra e pequenos poderes.Os ismos nos destroem: consumismo, terrorismo, ‘competitismo’. E não percebemos o ‘absurdismo’ dessa faceta mais cruel pela luta de obtenção de poder e mais poder.

Obviamente, uma revolta crescente se aninha como semente nos que mecanicamente vivem sem ter condições de adentrarem suas camadas existenciais profundas. Uns buscam o materialismo excessivo, outros caem nas garras dos embusteiros religiosos e de todos os demais tipos no mercado, outros tantos adoecem e enlouquecem sem notarem por não encontrarem um sentido para suas existências nessa ilusão criada como exemplo de vida. Surge a violência justamente porque a vida perdeu seu valor, o ‘dis-carater’ em corrupções e etc.

Mas ainda assim, estou falando das falsas justificativas dos problemas que somente pairam o problema maior. A vaidade de alguns se colocarem em pedestais financeiros representados pela ganância despertam outros sentimentos: a inveja, a ira dos que estão sempre por baixo desses que se julgam superiores e todos os demais ditos ‘pecados capitais’.

Pecados capitais por serem os cabeças, mas tenho por mim que o próprio Capital é o líder, pois é dele que provém toda essa desilusão e difusão de sentimentos avassaladores que nos destroem dia após dia.
Certo estava Che que lutava pela ideologia de um homem socialista. Um homem capaz de perceber a humanidade como parâmetros de igualdade e que infelizmente foi incompreendido até pelos que o seguiam.

Tenho por mim que enquanto não buscarmos nossas raízes humanas descartando o cinismo de tentar justificar como palavras ilusórias o que não tem justificativa continuaremos a andar em círculos cada vez menores até sermos sugados por esse buraco negro que como um imenso ralo nos puxa para seu interior.

Andreia Cunha













LEIA COM CALMA. SENÃO NÃO TEM GRAÇA...






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