A rataria estava inquieta. Precisava de uma nova rota até chegar ao destino almejado: a comida. Com as mudanças, tudo agora ficava mais difícil. Chegar ao paradisíaco local dos deuses era um ato insano de quem punha em risco sua vida mesmo que fosse por uma reles sobrevida.
Na reunião, que objetivava uma alternativa para o problema, alguém teve uma feliz idéia: um rato mecânico controlado por chip e controle remoto. Este colocaria sua pele a prêmio enganando os predadores enquanto a ação era praticada em outro local.
Era algo provisório, pois assim que as artimanhas do jogo fossem compreendidas seria muito fácil entender como funcionava o esquema. Corromper o sistema era o grande ó.
Mas sendo ratos e com a fama de corrompidos e corruptores nada mais fácil do que ajeitar outros tantos meios sujos e subversivos para levar vantagem e regalias. E outra, gatos e ratoeiras são falhos como qualquer armadilha bem estudada e manejada.
No fundo, a reunião era só um meio de reunir o povo para um bate-papo informal. A solução viria, pois para quem tem fama nem é preciso deitar na cama.
A nova rota seria para os ratos só uma questão de tempo.
Andreia Cunha
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