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terça-feira, 26 de julho de 2011

O CONHECIMENTO VERDADEIRO FERE A ALMA

Quem quer levar uma vida pura deve estar sempre pronto para o sacrifício. 
Gandhi

Para dizer que se conhece algo tem que se ter firmeza para tal declaração. Pois, com certeza, perguntas surgirão e a verdade aparecerá com dano ou alegria para quem se declarou sabedor.


 O saber considerado verdadeiro é aquele que desmistifica a figura do pai. 

Conseqüentemente é um ritual que passa por um luto. É um debruçar-se sobre tudo o que foi aprendido por meio das experiências de outrem e perceber o quanto daquilo é próprio de sua experiência de vida ou distante, por isso mesmo descartado. 

Eis o que chamamos de maturidade que também nos traz uma sensação de orfandade misturada a um sabor de liberdade individual.

Temos a tendência de selecionarmos como bagagem o que por conhecimento de mundo vivenciamos. E isso é lógico. Daí provém as dores e conflitos, pois para formamos o nosso conceito de eu no mundo temos que fatalmente gerir a nossa alma naquilo que lhe é inerente – o aprimoramento, coisa que nem sempre o corpo quer...

 É como se fôssemos envolvidos por diversas cascas e com o conhecimento essas tantas aos poucos fossem quebradas sende deixadas para trás.

Por vezes a maturidade é tão densa em suas verdades que o melhor bálsamo é a mentira ou o mascaramento. Por exemplo, sabemos que a morte é certa para todo o ser vivente, mas preferimos falar: “se um dia eu morrer” como meio de amenizar a dureza que há na finitude – recoberta hoje com a capa da incerteza ou possibilidade remota.

A mecanização ou transformação do humano em estado de máquina é um meio de anestesiar os sentidos para não tomada de consciência de quanto lhe é retirado por meio dos desejos materiais desmedidos – o consumismo louco e desenfreado. Na medida em que não se pensa e não se procura conhecer, mais fácil dominar os seres cativos que como zumbis caminham sobre tantos outros túmulos atados a cadeados e grilhões.

Conhecer é submeter-se ao sacrifício de sair da ignorância com a finalidade de alcançar um estado de purificação do ser e da alma.

ANDREIA CUNHA


Confesso agora entender melhor a passagem bíblica na qual Abraão leva seu filho Isaque como sacrifício a pedido de Deus e este prontamente vai com o pai mesmo com o risco de ser a oferenda a ser imolada. Isaque tinha o despojamento dos que buscam o conhecimento.
Por isso, talvez tenha sido poupado com o aparecimento de uma ovelha que foi imolada em seu lugar, além de ser um teste de fé para o pai, Abraão.



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