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sábado, 23 de julho de 2011

ONDE REALMENTE FICA O HOSPÍCIO?




HOSPÍCIO - DO LATIM HOSPITIUM. Significa hospitalidade dada ou recebida, aposento destinado a um hóspede, pousada, abrigo ou covil de animais.
Pela etimologia, o hospício então deveria ser um lugar de abrigo, aconchego em que se recebe ou se é recebido com hospitalidade. Mas atualmente creio que a palavra ganhou dimensões extremas que extrapolam muros, chaves e grades na qual o último significado é mais apropriado para tantos absurdos que se vê.
Nesse covil, perdeu-se a noção de valores e de realidade como um fato e não como um jogo em que se tem outra vida de bônus para continuar de onde parou.
Onde está a verdadeira loucura e até que ponto é possível definir o normal? Estes e tantos outros questionamentos se levantam por conta da atualidade em que há inúmeras pessoas vivendo suas mais diversas crises pelo que acontece no cotidiano.
A psiquiatria moderna aboliu os hospícios, mas em contrapartida, vemos os hospícios tomarem as ruas com ares de normalidade. Por vezes, sentimo-nos vivendo num daqueles quadros nonsense de Salvador Dali como num transtorno ilógico de pesadelo que não se acaba.
Inacreditável pensar em apostas de um jogo insano para ver quando alguém vai morrer. Até que ponto chega a audácia do ser humano em rir da desgraça alheia? Esse por exemplo é o caso da Amy a qual uso contextualizando-o ao assunto que resolvi expor.
Antes se acreditava que o hospício era o lugar próprio para quem não sabe se comportar em sociedade e comete absurdos além dos toleráveis pela civilização como padrão ou norma.
Hoje vemos muitas insanidades a olhos vistos, ali na cara, na rua, nas esquinas, nas mídias e toleramos até que se chegue a um nível de normalidade assentida por um grupo ou uma pequena massa de pessoas. Nisso Friedrich Nietzsche falou e muito bem:
Nos indivíduos, a loucura é algo raro - mas nos grupos, nos partidos, nos povos, nas épocas, é regra”.
Discordo somente no que se refere aos indivíduos porque até neles hoje a loucura está mais evidente. Devido a grande venda de remédios para diversos tipos de transtornos.
Assistimos aos shows acontecendo nesse hospício a céu aberto e nos conformamos em acreditar que não seremos os próximos. Mas temendo que esta insanidade um dia bata a nossa porta e escancare a nudez na qual ninguém quer se expor.
A nudez de um assalto, de um seqüestro, de uma violência bárbara de um pai abraçado a um filho e por aí vai.
Mas o mais incrível de tudo o que já se disse se resume nessa pequena frase da qual a imagem que fica é de um homem com a língua para fora com cabelos desgrenhados:
"O mais incompreensível do mundo é que ele seja compreensível."
(Albert Einstein)
Será que haverá remédio para tanta normalidade?

Andreia Cunha










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