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quinta-feira, 3 de maio de 2012

CAVEIRA, QUEM TE MATOU? - A LÍÍÍÍÍÍÍN-GUAAAAA...




Já há algum tempo ela vinha acreditando na superioridade da comunicação animal e sua racionalidade em comparação à comunicação dos humanos. A complexidade de fonemas e a burocracia na formulação de normas regras e leis a faziam crer que realmente um miado, um latido ou um grunhido eram as formas mais inteligentes de se comunicar analisando pelo ponto de vista animal.

Eles, entre si, possuíam possuem  até hoje regras tão bem articuladas sem necessariamente terem suas Cartas Magnas. Parecem que têm em si entranhados o que é o padrão correto de como é viver por isso, não precisam de tanta complicação para colocarem tudo o que tem em prática.

No entanto, o homem precisa de tantas estruturas complexas na comunicação, falam línguas diversas e ainda assim não se entendem nem chegam a acordos razoáveis em curto prazo de tempo. Tudo demanda uma infinitude de horas em reuniões para haver um estabelecimento de ordem com a concordância de todos nem sempre em sua completude.

Ela, agora observava seus gatos. Um era mais vocálico que outro. Alguns nem precisavam miar com tanta frequência, pois entre si eram compreendidos. Era uma comunhão perfeita... Tinham lá suas brigas, mas tudo porque um líder defendia seus direitos e isso incluía os dos subordinados também – era um simples  - “coloque-se no seu lugar que eu como líder cuido do resto”...

Os cães também tinham seu esquema de ordem e hierarquias. Óbvio que diferente dos gatos, mas nada impedia de terem convivência pacífica desde que acostumados.

Nessas horas, ela se perguntava se eles não deixavam o homem se debater em suas picuinhas e suposta inteligência enquanto eles (ANIMAIS) deixassem por conta do ser superior que criou tudo incluindo os humanos para que este determinasse o que fazer com sua criação tão bem projetada, mas que ainda necessitava de revisões profundas de funcionamento.

Talvez se os humanos latissem, miassem, grunhissem, etc, etc  e tivessem no ser entranhado todos os conceitos lógicos e filosóficos da vida não seria melhor do que uma complexidade de sons e letras  que só os faziam arrogantes mesquinhos com a sensação de poder o mesmo que o possuído pelo Divino Criador.

Após tanto pensar, ela por fim chegou a uma simplória conclusão:  “é, a lingua é para os deuses uma bênção o que para os humanos se reverte numa imensa e confusa maldição”.

Andreia Cunha







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