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terça-feira, 15 de maio de 2012

CAPITALISMO ANTROPOFÁGICO



"Se o capitalismo é incapaz de satisfazer as reivindicações que surgem infalivelmente dos males que ele mesmo engendrou, então que morra!"
Leon Trotsky

“Ela virá, a revolução conquistará a todos o direito não somente ao pão mas, também, à poesia”.
(Leon Trotsky)

“Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.”
(Bertold Brecht)

“Um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria.”

(Friedrich Engels)


“Os poderosos até podem matar uma, duas ou três rosas, porém, nunca conseguirão impedir que a primavera venha”.
(Enesto Che Guevara)  


Assisto de camarote o que vem acontecendo na Europa e no mundo. Não como uma espectadora que quer ver o circo pegar fogo. Não, não é esse o sentido da frase inicial deste texto, mas como quem colhe os frutos dos pensamentos filosóficos plantados por quem sempre evidenciou as lutas de classe como meio de revolução e mudança.

Também não sou adepta da guerra sangrenta ou até mesmo das atuais repletas dos mais altos recursos tecnológicos. Embora toda e qualquer mudança se efetive por meio de algum tipo de força que gere consequentemente certa violência.

Estamos hoje vivenciando talvez o momento histórico mais crucial do sistema capitalista que por si só está se consumindo como cachorro louco a qual não tem mais o que comer.

A antropofagia em seu mais alto grau: o devorar-se e consumir-se por não ter uma vertente tanto ideológica como de ação que lhe é capaz de ser uma oponente à altura. O socialismo tentou e deu certo muito mais pelas vias teóricas, visto que na prática se deparou com o humano e sua sede de poder refletidos nos pecados capitais: ganância, avareza, ira e por aí adiante.

Sangrando em jorros fatais, jaz em sua agonia o capital na Grécia cujo povo atento às gritantes mudanças de padrões e sob pressão desumana responde com sonoros ais nas urnas elevando vertentes extremistas que causam horror a muitos países ao redor.

O medo do efeito dominó causa angústia, desespero e tomada de medidas mais austeras. No entanto, não é a esse o caminho redentor e, aliás, nem eu tenho a pretensão de dizer o que poderia ser melhor, visto que pouquíssimo entendo do assunto.

Sou meramente uma intrometida procurando compreender apitando com brinquedo das arquibancadas num jogo com muitos juízes e pouco (ou muito – dependendo do foco) entendimento da situação nova e desconhecida.

Quem diria que chegaríamos a ver, por exemplo, a presidente de um país latino americano como o Brasil dizer qual seria uma estratégia menos torturante para ‘os capas pretas’ europeus?
Enquanto há muito a ser deglutido desse corpo que ainda resiste as suas próprias investidas, algo não muito novo exala pelos ares mundiais trazendo incertezas quanto as possibilidades de tudo isso se metamorfosear em guerra ideológica, científica e o que restará das pedras que ainda resistem no se manter em pé.

Vemos a ascensão da xenofobia, da retomada da intolerância em seus diversos níveis e patamares, o renascimento de vertentes imundas e desumanas com o título neo na frente evidenciando um gosto de ranço e acidez passados.

Vejo a frente uma pintura muito interessante de Salvador Dali datada de 1941 em meio à Segunda Guerra Mundial em que bem claro ficou como marca presencial do rosto do novo mundo referente ao pós-guerra apesar de estarem em meio ao olho do furacão.

Seja como for, espero que meu escrito seja novamente apenas uma grosseira imitação do quadro a qual me referi no parágrafo anterior. E que num futuro próximo eu possa manejar melhor tanto os pincéis como as cores as quais pretendo utilizar na tela que em branco se coloca em meu cavalete.

Andreia Cunha











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