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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

LIBERDADE POR VIRGINIA WOOLF



Para aproveitarmos a liberdade temos de nos controlar.
Virgínia Woolf

O que é a liberdade? O que é afinal ser livre?

O conceito é muito amplo para ser exposto no papel a ponto de esgotar todas as  possibilidades de entendimento. 


Poderíamos dizer que ser livre é ter a condição de fazer suas escolhas pura e simplesmente com o ato de pensar. 


Poderíamos também acrescentar uma pitada de responsabilidade no meio desse vago conceito, mas mesmo assim ficariam faltando outros tantos significados.

A abstração desses valores faz com que nos tornemos meras crianças tentando pegar o vento tão volátil quanto à imagem de um Deus assentado em um trono nos céus. 


Na verdade, penso que o essencial não está na definição e sim na ação voltada para o bem estar não só de um, mas dos outros que nos cercam e participam de nossa vida.

Seria possível passar horas a fio discutindo esses preceitos sem chegarmos a uma conclusão redonda, embora conclusões teimem em fechar o círculo do pensamento. 


Fechar nesses casos seria reduzir o tema a somente um conceito, o que não condiz com a profundidade do assunto, muito mais amplo que meros fragmentos.

Um sonho, um desejo, uma paixão não deve nos tornar atentos apenas a nosso umbigo, centralizando o mundo no objeto de desejo.


 Há que se considerar inúmeros fatores antes de partirmos para a conquista. E eis que a amada Virgínia nos brinda com a palavra controle em sua forma infinitiva – controlar.

E afinal o que vem a ser controlar? É colocar rédeas curtas e se proibir de determinado comportamento? Isso pode até ser um ponto de partida. Entretanto, ter a clara noção do motivo que impõe regra é bem melhor do que simplesmente se auto flagelar com normas absurdas que podem ser contraditas por nós mesmos mediante questionamento interior.

Para tanto, o auto conhecimento é importante para mantermos nosso eixo de equilíbrio funcionando não como máquinas, mas sobretudo como seres capazes de discernir atitudes boas e ruins.

Optar por um caminho que me beneficiará em detrimento do sofrimento alheio é causar malefício ao outro.


E com certeza isso jamais definiria liberdade do ponto de vista de Virgínia.

Andreia Cunha






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