Não tente me entender:
Sou antítese,
Paradoxo e hipérbole
Num hipérbato sem fim.
Ainda assim tenho elipses, zeugmas e silepses de todos os gêneros
Com momentos de assonância e aliteração
Vertendo em poética poesia - humana sinestesia
Construo-me de sons, figuras e pensamentos
Em constante movimento
Nessa prosopopéia frenética.
Tenho meus pleonasmos e barbarismos...
Procuro evitá-los é claro
Mas nem sempre consigo
Por isso por aqui fico
Não incorrendo no erro de chegar a terrível ironia.
Parte de toda e qualquer vida.
ANDREIA CUNHA
Querida Andréia,
ResponderExcluirA pior solidão é aquela imposta pela falta de cumplicidade, é quando somos incapazes de de transmitirmos o que de fato sentimos, como vemos o mundo mesmo usando todas as palavras.
Você é um espírito iluminado, sua mente trabalha com velocidade vertiginosa, consegue me ler através de imagens, e isso me faz tão bem.
Confesso que ando cansado, ou melhor prostrado, é como se tivesse dado tudo de mim, como se não tivesse mais mágica na minha cartola, é um sentimento de exaustão que predomina quando expomos o nosso melhor e nada em troca recebemos.
Sinto-me como um náufrago que como salvação encontrou uma ilha que só tinha o vazio a oferecer como abrigo.Por isso me apeguei tanto a você, usando outra imagem marítima, você é como um farol que norteia o meu caminho de volta ao interesse pelo que é da condição humana.
Sei que é uma responsabilidade grande e uma projeção de carência cultural, entretanto acredito que a sua riqueza interior é imensa, e mesmo dividindo um pouco ainda restará todo um universo.
Beijos com todo carinho de quem a ama pelo que de fato é, e não pelo o que desejaria que fosse.
revisito suas palavras, caro amigo, como se estivesse conversando comigo no agora.Não sei de ti, perdemos contato nesse mar que é a internet, mas ao mesmo tempo te sinto presente nesse revisitar de mensagens. Pareço estar falando com vc. Gde abço seja onde estiver.
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