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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

RELIGIOPOESIA



A figura de Deus é a primeira de quem se tem notícia 
como sendo a de um grande poeta.

Andreia Cunha

Onde estaria a beleza da vida se não fosse pela grandiosidade de um ser criador? Não falo em um Deus de templo religioso, apenas falo de uma força que nos impulsiona para a evolução mesmo que com supostas adversidades açoitando nosso caminho.

Algo muito belo deve haver por detrás de tantas situações ditas negativas. Nós, seres humanos, somos muito pequenos para compreender a superioridade das atitudes e principalmente do amor que move o universo (ou multiversos) em todo seu processo de nascimento, crescimento e fenecimento das matérias materiais.

Confesso que meus dedos estão ávidos por construir esse tecido que me parece estar sendo ditado e controlado além de minhas mãos e mente. Sinto em mim essa beleza criadora apesar de também vivenciar problemas. Algo em meu interior confia plenamente na resolução dos transtornos com a arte do supremo Bem.

Não posso afirmar se esse sentimento é um fragmento otimista que me habita e, que volta e meia, ressurge em palavras ou se é algo externo que me move e me anima. Seja como for, me traz paz e contentamento, força e vontade de ajudar os que estão próximos. O contentamento referido não é o de sentar e esperar que algo se resolva por si só, talvez tenha utilizado a palavra indevidamente.

Tento me reexplicar: é um sentimento de paz aliado a uma tranqüilidade que também incita a coragem de agir em favor do outro. Sinto-me um ser inquieto na busca de produzir algo significativo para mim e esse desejo se amplia ao redor a ponto de trazer aliados. E é dessa energia a que me refiro no início desse texto que sempre traz a beleza da vida mesmo em suas vicissitudes.

Afinal, o que seria de nós, figuras tão pequenas nesse universo tão imenso, se não fosse essa força criadora? Com certeza nem existiríamos. Entretanto, se existimos, algo belo poderemos ainda produzir.
Creio que temos ainda um longo percurso até percebermos e colocarmos em prática as verdadeiras noções que venham a ser a grande religiosidade que nos conduzirá ao verdadeiro amor além dos bens ou do corpo perecível.

Andreia Cunha










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