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sábado, 18 de junho de 2011

DE MÃOS E PALAVRAS

mãos-manos

No correr dos dedos, palavras se formam como se o mundo dependesse desse significado para realmente existir. Todo o universo cabe na palma das mãos e ao mesmo tempo é tão fugaz. O enlace das letras e o conjunto das sílabas acabam formando um sentido porque o ser que escreve tenta se ressignificar pela palavra.

A palavra-reflexo, a palavra-poesia enquanto meio de adentrar as portas do lúdico...

Somos livres para escrever a palavra-essencial, mas a desconhecemos por termos nos distanciado das coisas simples, a complexidade do cotidiano nos torna seres duros e rudes. Onde estão nossa pele e sangue?

Buscamos alívio no consumo e nos desvencilhamos da alma que nos suporta em ânsia por querer além do que se pode devido à constituição de um mundo consumista. 

Temos dores de alma e pensamos que essas dores são do corpo, tratamos com auto-ajuda e remédios, mas a ajuda deve vir do âmago, do conhecimento que muitas vezes abdicamos a outros planos por puro medo de saber que tudo que em nós existe é um eterno mistério em espiral desejando evoluir.

Andreia Cunha





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