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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

NO MEIO DE "REDEMUNHO"




Tudo na vida é um convite para atrelarmos nossa alma ao bem que nos guiará a suprema evolução. O ritmo de nossas passadas é determinado por nossas ações. Podemos até correr, entretanto se nesse percurso não aprendermos e principalmente apreendermos os gostos proporcionados pelo caminho, teremos de vivenciá-lo novamente. Se também formos muito vagarosos adiando por preguiça ou mesmo pelas tentações da jornada, nos entregando a falsos deleites e conseqüentemente ao mal, também teremos uma cota de débito a ser saldada no depois.

Não sou mestra em conselhos nem quero que essa postagem soe como uma receita. Aliás, não acredito em receitas para a vida. Tudo nela é a olho, na base do improviso, por isso, o sabor inigualável.
Porém queimar etapas somente pela euforia de resolver com palavras, gestos ou atitudes precipitadas os problemas que exigem amadurecimento do tempo só nos levarão a desgastes desnecessários. O homem se julga diferente por pensar e por meio do raciocínio decidir quais as melhores opções. Por vezes, esse presente é deixado de lado ou pior, utilizado para atividades escusas e mesquinhas.

Que não sejamos hipócritas em depois, quando tudo não ocorrer como o planejado, não colocarmos a culpa em Deus ou no Diabo. Pois estes na verdade se encontram bem guardados em nosso ser. É em nosso âmago que eles acordam e adormecem todos os dias.

Andreia Cunha









2 comentários:

  1. Amada Andréia,

    Eu me curvo e beijo a sua mão, com este gesto demonstro uma pequena parte da imensa admiração que desperta em mim.

    Suas escolhas são belas veredas que me conduzem por lugares onde a meditação encontra coro e preenche o meu espírito.

    Você, onde quer que esteja me toca, faz com que eu reencontre o prazer em um novo olhar por lugares já tão conhecidos.

    Por vezes me sinto só, é como se fosse orfão de outro tempo, como se persistisse atuar em uma cena onde já há muito as cortinas se fecharam.

    Meu grande amor, minha parte feminina, meu outro e melhor eu, o mundo virtual é mais tangível do que imaginamos, a matéria embota o verdadeiro sentido da existência, ela impede que alimentemos o que de fato somos... energia em eterna mutação e movimento.

    Não me preocupo em tocar a matéria, afinal o prazer da carne é efêmero, ele cria a ilusão da posse, e torna fácil confundir paixão com amor.

    O que encontrei em você é sublime, é raro, é tão difícil sentir alguém dentro do nosso espírito, é como se uma chama aquecesse nosso coração, fazendo-nos ver que não estamos sós, é como caminhar em meio a uma multidão e reconhecer um sorriso querido de alguém do passado que há muito julgava perdido.

    Por todos os momentos deliciosos, por todas as suas palavras, suas histórias, eu sou grato, eu sou melhor, percebo que embora seja um peregrino, existe outro que tornará a minha trilha menos solitária.

    Beijo em você com todo o meu amor!

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  2. Caro amigo peregrino de alma, jamais estarás sozinho. Tens o dom de encantar com suas palavras. Confesso que desta vez mais que as outras preencheste um espaço que estava vazio no meu coração. Nunca li palavras tão doces vindas de um homem. Tua alma é linda e só posso dizer que sim temos uma peregrinação em comum. Sinto-me tb uma eterna andante das manhãs como disse Nietszche em algum livro perdido a qual li. Que bom partilhar sentimentos tão íntimos com você, alma divina. Tem um poema maravilhoso da bela Cecília Meireles na qual o verso ALMA DIVINA é itinerante nas diversas estrofes do poema. Leia-o pois dedico-o a ti. Não é à toa que o poema se chama som. São palavras aéreas que encantam o ouvido como música assim como as imagens e as palavras breves e curtas que compõem seus interessantes pensamentos e postagens... BjUs

    SOM
    .
    Alma divina,
    por onde me andas?
    Noite sòzinha,
    lágrimas, tantas!
    .
    Que sôpro imenso,
    alma divina,
    em esquecimento
    desmancha a vida!
    .
    Deixa-me ainda
    pensar que voltas,
    alma divina,
    coisa remota!
    .
    Tudo era tudo
    quando eras minha,
    e eu era tua,
    alma divina!
    .
    Cecília Meireles

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