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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

ÁGUA DERRAMADA


A busca cessou?
O encanto brilhou e passou sem que eu o notasse?
Onde estive por todo esse tempo
Para que esse prazer das mãos escorregasse?


Agora no pó tento pegar o que a terra sugou
Meus olhos embotados de lágrimas
Regam o chão com água guardada nos olhos
Que levava em mim livre de poses e formas




Fato é que a água em mim estava reservada nessa forma receptáculo que sou. Hoje sei que apesar de todos meus sonhos ela não era livre como eu almejava. Ao perder o ansioso momento e todo aquele desejo, aprendi a sorrir e a também chorar .A água em mim se libertou e encontrou seu curso leito de um eterno movimento. Ciclo da vida, ciclo da morte

Andreia Cunha








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