... ela sempre nomeou.
Em si mesma é tão somente um imenso sussurro
de denominações que se sobrepõem,
se comprimem, se ocultam e,
entretanto, se mantêm para permitir analisar
ou compor as mais complexas representações.
Michel Foucault in as palavras e as coisas.
Tiraram um retrato da palavra. Quando revelada, ainda no
método antigo, surgiu apenas um borrão, que para um que a via tinha um
significado diferente.
Ela, toda representação, contente ficou com o resultado
enevoado e obscurecido. Caso fosse vaidosa estaria bem furiosa, no entanto, não
era a vaidade o seu nome retratado.
A ela, ali viva no papel, só cabia o riso como felicidade
dos muitos significares móveis que sua imagem produzia e também da polêmica que
aos humanos tanto a tentavam entender em decifrarias.
Sabotava o cérebro mais perspicaz, iludia os mais sábios por
quais mãos tivesse passado. Não sabiam distinguir se nela havia choro ou riso,
sonho ou pesadelo, e quanto mais conjecturas, mais felicidade nela se produzia.
Queria mesmo a fama sem deitar na cama da exposta
tranquilidade em dóceis facilidades de entendimento. Afinal, ela nasceu para
isso:
Pra que explicar se complicar é muito mais excitante?
andreiACunha
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