Viviam sob o mesmo teto e sob o mesmo chão: o real e o imaginário. e, apesar das grandes diferenças em comportamento tinham algo muito importante que os unia: eram irmãos de sangue e letras. O pai Proparoxítono apesar da mãe Semântica.
Era por intermédio dos ancestrais que ambos, meninos, o Lúdico e o Crítico se embrenhavam nas vias do saber como meio de brincar e aprender. Nessas horas o lúdico era o rei enquanto o crítico se detinha a observar.
Claro que como crianças brigavam. O Crítico era por demais exigente mesmo quando se detinha a elogios, um tanto difíceis de serem arrancados. Era crítico até com ele próprio. Nesses momentos, era o lúdico quem o tirava dessa onda e o punha a navegar em marolinhas.
O Lúdico ouvia o Crítico e aceitava suas brincadeiras nem sempre tão fáceis de se compreender. Mas quando o Crítico, de mau humor, queria extrapolar o Lúdico também se irritava e com ironia trazia o espelho distorcido para o irmão se enxergar.
Havia bom-senso, consenso e entendimento na maior parte das vezes. No entanto, era na biblioteca que eles mais interagiam. Sendo no brincar sendo no brigar e também no se entender. Entre livros e imagens, palavras e fantasias, amores e horrores, danças e paralisias, sonhos e pesadelos, prosas e poesias.
Para eles, o mágico e o lúdico da vida mais que nomes ali se eternizavam nos mares e nos ares fosse que tempo fosse. Eram apenas meninos ainda com muito a construir fosse em tijolos, fosse em flocos de nuvens de algodão.
Do alto as ancestrais; Literatura e História também se entretinham com ambos em suas aventuras, em suas descobertas. Todos aves em aventura.
Aves em ventura.
andreiACunha
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