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segunda-feira, 18 de junho de 2012

DESPERTANDO A LA SINISTRA





...Mas por enquanto parece dominar o:
‘Deitado eternamente em berço esplêndido ao som do mar e aluz do céu profundo...'
                                                      


Quem, ainda criança, resolvesse escrever com a mão esquerda era logo desincentivado (para ironizar o desestimulado) a utilizá-la como centro da escrita e de posicionamento perante o mundo.

A palavra sinistro hoje vista sob outro aspecto era o termo utilizado para tais pessoinhas as quais sempre havia um preceptor que lhe tirava o lápis e o recolocava no lugar dito como ideal; a mão direita. O destro, o correto.

Na língua italiana, sinistro realmente se traduz como esquerda e em questão de direcionamento, se queres virar a esquerda é a sinistro. No entanto, minha discussão não se atém ao ato da escrita e da escolha que atualmente é tida como livre a quem quer que seja.

Refiro-me ao posicionamento político também. Muito se fala a respeito do tema que se impõe atual que é o rever a esquerda como oposição forte aos modelos capitalistas neoliberais que imperam absurdamente como único sistema viável para o prosseguimento da vida econômica (e porque não dizer social, ideológica, filosófica e afins).

Somos todos sereszinhos manipulados por essa corrente ideológica que sem reparamos domina nossos mais íntimos pensamentos e atitudes sem que percebamos o mal ali instalado.
Bom, para alguns não é mesmo um mal, é um bem precioso como o cofre do Tio Patinhas sempre apto a nadar na montanha sempre crescente de moedas de ouro  - metal sempre em ascensão nas cotações do mercado.

O interessante é percebermos que para reavivar o que chamamos de esquerda, faz-se necessário adentrar os caminhos políticos e não ignorá-los como faz a maioria, que prefere se abster de tudo ao que tange o assunto.

Não digo de organização em forma partidária, pois aliás já temos as tais vertentes e hoje estas estão tão esvaziadas de ideais e atitudes quanto o congresso nacional em qualquer comemoraçãozinha popular ou não – a da vez são os festejos juninos.

A retomada esquerda vem de caminhos sinistros, isto é, resgatando o que está camuflado para a grande maioria; o conhecimento, a educação e a união de forças não partidárias, mas exatamente como vem acontecendo em solo europeu em movimentos revolucionários.
 
Não, caros amigos, não prego a desordem, a baderna e a balbúrdia. Prego o aprofundamento nos assuntos políticos e a formação da opinião pública com pontos de partida para que ressurja  uma corrente forte o suficiente para ser capaz de novamente confrontar o que impera e nos massacra dia-a-dia.

A força está no braço da maioria, hoje dispersa e anestesiada pelo trabalho insano em busca do consumismo (arma, aliás, potente para endurecer mentes e emburrecer ideias). É essa união sem uma única liderança que deve ser capaz de mostrar aos donos do poder o que estes precisam ver:existe uma oposição que pede respeito pois sabe o que acontece e está ciente dos fatos

Nada mais saudável do que as diferenças para provar que não há uma só resposta correta ou uma só razão dominante e dominadora.

Basta apenas acordarmos para o conhecimento e sairmos da alienação paralisante e, sobretudo, discordarmos do massacre ideológico que nos sobrevém como verdades plenas e absolutas.

Andreia Cunha





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