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domingo, 17 de fevereiro de 2013

INESPERADO ÓBVIO (OU PARA MEU AMOR SABER)




Na esquina, o inesperado não mais me surpreende. Estou repleta de surpresas do teu eu que chegou antes de dobrá-la. Fui, a bem dizer, acordada por essa suave esperança que veio a meu encontro enquanto vislumbrava em outra direção.

Olhava à direita, à esquerda e vieste do óbvio. O óbvio que por sinal deixou de sê-lo nessa carta sem contrato. Tamanho mistério em enigma criptografado ainda não me clareou os sentidos embora estes estejam mais do que aflorados.

A pele exalando o perfume em flor desmancha toda a velha expectativa antes diluída nas sombras do meu eu. Agora somos nós. Emaranhados por vocação e desejo de assim se ser e se sentir. 
A nuvem desanuviou o sol que voltou a brincar com as meninas dos olhos meus com os agora revelados teus.

A ciranda em perfeita dança faz o sonho flutuar no meio dessa roda que é a vida em impulsos. Nossos pulsos, ansiantes desse ar, seguem o ritmo do sangue sereno a borbulhar nesse oceano místico menino de nossos corpos a suar.

Adolescentes vestígios de um amor nascendo desse encontro terra e água em amor semente prestes a brotar. Nada menos importa do que deixar seguir seu curso, movimento desse espelho reflexo meu nos olhos teus.

andreiACunha





2 comentários:

  1. Sem palavras, vc sente e escreve de tal forma, que não tem quem não se sinta lisonjeada com tamanha demostração de carinho e afeto. Parabéns menina...

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  2. O amor é isso mesmo um emaranhado de sentidos...Parabéns Andréia.

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