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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

...MORRER NA PRAIA




...MORRER NA PRAIA

Nascera e o simples ato em si era uma festa... A vida se multiplicava mais uma vez como enfim continuaria a acontecer se a deixassem seguir livre curso pela natureza.

Picara o ovo e dali saía feito novo bebê desconhecendo o real mundo para o qual estava ressurgindo como ave. Mal sabia o que se era. Mas seus olhos, pequenas jabuticabas, tentavam vislumbrar o que seria dali pra frente.

Papai e mamãe em redor aplaudiam a coragem do pequenino e desde então já assumiam a responsabilidade pela vida que ambos formaram pelo desejo misturado a um especial carinho de recriarem-se num só.

Belo, arrepiado e já alimentado pelas bocas com a comida, sopa empapada, que o manteria até ter condições de ele mesmo se sustentar.

Seria o momento glorioso que abriria suas asas e seria como os pais, livre para alçar novos voos e enfim reinventar seu destino. Re-repetir o repetido sempre transformador apesar de contínuo em notas rés em sinfônica harmonia da vida em profusão. 

Tudo perfeitamente sublime não fosse a massa pestilenta e destruidora que se prefigura em mão humana que por maldade disfarçada de falta de educação, descuido e falta de importância com seus ínfimos atos deixa seus restos se proliferarem tão grandemente quanto a  sutileza da mãe natureza em suas mais espontâneas manifestações.

Famílias inteiras antes unidas em festa agora choram a perda de milhares que ingenuamente confundem tampinhas, quinquilharias humanas industrializadas  com comida. Almas em anjos aves agonizam seus momentos sem saber que a vida não é só aquilo. 

Que a vida não é só...

andreiACunha







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