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sábado, 1 de setembro de 2012

A VENDA







A VENDA

Era um pobre diabo que se sentia feliz
Vendendo sua alma em troca de um chafariz
Cuspindo seu sangue e também sua bílis
Numa bela avenida da cobiçada Paris

Em marmórea pedra num alto subir
Não mais sabia o que era seu antes cair
Em triste desgraça de imundas ruas sumir
Hoje vendido vivia a se divertir.

Mesmo não rindo
Não se expressando
Muito menos sonhando
Era assim que queria sentir
O mundano partir partilhando

Ser primeiro mundo tem seu preço
E era com grande apego
Que mantinha seu endereço
Na cobiçada Paris.

ANDREIA CUNHA






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