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domingo, 23 de junho de 2013

CLARICEJAR-ME-EI, CLARICE JÁ ME AMOS




Clarice tem a claridade no nome. Clarisse clara-se clareia-se. Ilumina a mina em mim na escuridão. Clareça-me, Clariça-me.

Mas quem disse que o clarear de Clarice é o translúcido da verdade é o aclarear da dúvida na existência? Quanto mais claro mais escuro fica e esse paradoxo fino e contraditório, condiz conduz com dança da vida interior, plena repartida de idas e vindas nos fragmentos dos espelhos que se quebram e jamais voltam a sua origem.

A originalidade está nos pêlos dos fragmentos. Mesmo plenos somos no outro e com o outro o pedaço que ilusoriamente forma a fôrma do espelho primordial. Perdeu-se essa fôrma, aliás perde-se a forma a cada dia de vida renova-se remonta-se recria-se na juventude na velhice na infância que não morre e nem deve morrer.

Somos, dessomos e dez-somos em um que se multiplica na infinitude dos universos que nos habitam. Seja no claro ou nos assombros das sombras na penumbra em busca do escuro que Clarice clareia o cloro da realidade clara sem clero no colo das palavras. Quero Claricejar-me a cada dia um pouco mais.


andreiACunha











2 comentários:

  1. Vc não precisa de claricear mais...sua mente é LÚCIDA,mesmo nas sombras . Adorei o poema e fiquei angustiada com as gifs.Efim sempre é bom se desestruturar para construir melhor. BEIJOS.

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    1. Ah Vaninha, é spre bom Claricear mas acho às vezes que a lucidez passou distante de minha mente...rsrsrsrs
      BjUs

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