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terça-feira, 13 de setembro de 2011

PROFESSORES: FAQUIRES E/OU DERVIXES?



Será que nós, professores, estamos fadados a vida de faquir e a mendicância dos dervixes? Estes oferecem suas vidas ao sacrifício e ao aniquilamento de toda a satisfação material por escolha própria e nós? Por profissão?
Onde estão nossas veias e nosso sangue? Enlatados, ensacados por medidas verticais ou já esvaído no lodo escuro e fétido do pântano da insensibilidade dos que se dizem preocupados?
Não me prolongarei, pois como apaixonada, corro o risco de falar em demasia e perder o senso do juízo. Afinal, as palavras tem força e suas pás podem lavrar como também estragar.
Deixo o texto a seguir como reflexão, a mesma que causou em mim e que me conduziu a essa escrita.

Andreia Cunha




O Faquir


Um cristão genuíno visitou um faquir que se declarava interessado em sofrer para conquistar o reino de Deus. Após saudá-lo, o recém-chegado indagou:
- O senhor está realmente empenhado na busca do Reino dos céus, padecendo sobre aguilhões? 
- Sim -  disse o homem - devo permanecer muito tempo por cima dos espinhos que me dilaceram para conseguir entrar na Divina Graça. 


Porque o interlocutor silenciasse, o faquir perguntou: 

- O amigo, acaso, tem outros recursos para que eu possa alcançar os fins que desejo?  O visitante esclareceu: 

- Respeito o seu modo de ser, mas admito que encontraremos mais depressa o caminho do reino, em nos dedicando às boas obras e servindo aos semelhantes, por amor a Deus, suportando, sem reclamar, os espinhos das críticas e das injúrias de todos aqueles a quem procuremos prestar esse ou aquele beneficio. 

Só então o faquir se ergueu do leito de farpas e começou a pensar.

(Mensagem psicografada por Chico Xavier)









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