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domingo, 11 de setembro de 2011

DA (IN) UTILIDADE DA (IN) UTILIDADE


"E para que serve...?"

Uma pergunta que representa a importância da utilidade.

Mas será que a utilidade é realmente necessária para alguns conceitos?
Qual seria a utilidade do gosto do jiló? Qual seria a utilidade da existência dos insetos ou da morte, da dor, do sofrimento, da alegria ou do amor? Há tantas possibilidades de perguntas desse tipo que o que fica mais evidente é a inutilidade da utilidade em determinados contextos.

Dicotomizar o mundo entre útil e inútil é demonstrar o apego somente à matéria e criar juízo de valor somente àquilo que num primeiro olhar tem mais necessidade de existência que o outro em parâmetros de comparação.

“E pra que serve a poesia?” Certa vez perguntaram a Borges. Ao que ele respondeu com tantas outras perguntas tais como as citadas acima. “Uma poesia a pessoa lê e se for digna dela, recebe-a, sente-a, e se emociona agradecido por sua comoção.”

Esse sentir é o sentimento que colabora para que nos tornemos mais humanos e menos apegados a conceitos materialistas como os juízos de valores. Afinal para que serve a arte senão tocar a alma dos seus apreciadores?

Andreia Cunha










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