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sábado, 3 de setembro de 2011

APRENDIZ DE FEITILÓSOFO




Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas...
continuarei a escrever
Clarice Lispector.


Uma instigante inquietação pairou como balão de pensamento em sua cabeça. Prefigurava primeiramente como uma pequena fumacinha, até que por fim em poucas horas, já havia se tornado um insustentável ponto de interrogação.
Não tinha jeito, quando suas dúvidas não encontravam o caminho da saída era mais fácil inflar a ponto de quase sufocá-lo por tanta curiosidade. Esta não lhe era corriqueira ou banal.
Os motivos na maior parte das vezes era o aprendizado de algo.
Só que desta vez, tratava-se de uma pergunta filosófica e nesses casos respostas geram ainda mais perguntas e assim sucessivamente. Teria de encontrar um meio de lidar com mais essa novidade. Caso contrário seria mesmo sucumbido pela falta de ar.
Sua maravilhosa e fatal experiência expressa pela aventura do entendimento seria colocada à prova. Teria que entender que o mais importante não são as respostas. O perguntar era tão ou mais essencial quanto o anseio por respostas.
Seria esse o caminho para aprimorar suas virtudes?
Andreia Cunha










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