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quinta-feira, 23 de junho de 2011

PIRATAS ONTEM E HOJE - COMO AS PALAVRAS SE RESSIGNIFICAM





  Vida cheia de aventuras, sem preocupação com perigos, muito misticismo, lendas, monstros e busca por tesouros. Essa era a vida dos piratas na época dos grandes descobrimentos. Sobreviviam os mais espertos, os mais fortes geralmente recompensados com a morte dos inimigos e seus bens. O ouro era o metal mais cobiçado juntamente com pedras preciosas, pérolas etc.

As guerras não mais se travavam em terra, a maior parte delas eram travadas em alto mar o que aumentava ainda mais os mistérios e superstições de tesouros engolidos pelos oceanos quando os navios naufragavam.

Havia também os corsários, piratas que agiam em nome de um rei, mas que igualmente visavam o ouro e as pedras preciosas, porém suas recompensas vinham da nobreza as quais serviam.

A busca pelo novo continente: as Américas era o grande alvo. As terras eram vistas como um novo paraíso, um imenso tesouro inexplorado e selvagens nus.

Imaginem quantas histórias não foram criadas sobre o que até então era um enigma a ser desbravado?
Homens gigantes, mulheres guerreiras, uma infinidade de mistérios envoltos pela capa do terror e a necessidade de corajosos para encarar o que poderia surgir dessas terras.

Atualmente, o termo pirata, devido a sua antiga aura de desbravadores destemidos tem um outro significado na qual o povo renascentista nem ousava imaginar futuramente existir.

Continuam sendo os desbravadores destemidos, mas o mar é outro e os inimigos também. O mar agora é virtual e é formado por inúmeras gotas em códigos binários, criptografados e matemáticos que escondem informações secretas de cunho importante sejam nas áreas do governo, bancos, empresas etc.

Entretanto, para esses piratas, não há limites determinados por oceanos, terras ou lendas de monstros teríveis. O que existe ainda é um mapa complexo na busca de um tesouro: desvendar tais códigos. Obter o maior número possível dessas sigilosas informações que podem comprometer governos e relações internacionais por exemplo.

Nisso tudo, nem os mais leigos estão livres desses tipos de ataques sorrateiros. Pois o dinheiro é o que mais se cobiça com tais "empreitadas piratescas". O número de programas e aplicativos, que dizem defender nossos P.Cs (personal computers) dos vírus letais chamados sugestivamente de 'cavalos de tróia' pois invadem com imagens belas, mensagens mirabolantes, emails falsos que iludem a mente do velejador menos atento, são incalculáveis.

O interessante é perceber que os hackers são pessoas inteligentíssimas e muito bem informadas sobretudo de informática, mas não pense que o conhecimento se restringe somente ao ramo na qual atuam. Os próprios nomes- cavalos de tróia, artemis,etc remetem a lendas gregas, antigos personagens mitológicos ou imperadores romanos, o que demonstra o que antes se escreveu: um vasto conhecimento de História e outras ciências.

Percebemos com isso que a palavra - pirata - antes tida como um ser que agia em nome próprio para obter por meio de furtos riquezas continua vivo e presente na vida moderna porém com outro significado semlhante ao original mas com contextos diferentes.

Vamos continuar navegando pelos mares da web (a rede) como meros velejadores sem necessariamente nos molharmos com água ou nos afogarmos nelas. Afinal, os mares são outros formados por algo muito diferente que água.

Andreia Cunha








 




















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