Até que ponto estamos atrelados à linha do tempo enquanto seres em evolução? Sim, nós percebemos a passagem do tempo em nossos corpos por meio do crescimento, do envelhecimento e da morte, mas até que ponto isso é real ou ilusório?
Se existe mesmo a imortalidade da alma, em algum momento pairamos acima da linha do tempo e esta é apenas uma sensação produzida em nós pelos elementos que provisoriamente nos compõe como seres humanos.
Sei que tudo é estranho e confuso, mas o que quero dizer é que apesar dessa sensação de decorrência de tempo há algo em nossa essência que permanece imutável dentre as mutáveis que agora enxergamos e vivemos.
O que ainda não vemos por certa incapacidade decorrente da visão material é o que de fato supera a sensação do ser consumido pelo tempo com toda a sua voracidade e fome de vida e morte bem como o prolongamento dos seres pelo ato procriador.
O que de nós fica não é essa casca que nos abriga hoje como casa. Há um objeto imortal que nos circunda a qual ainda não aprendemos a lidar com clareza. Este pode nos dignificar às alturas por meio de nossas atitudes ou nos conduzir às profundezas igualmente por determinadas atitudes errôneas e impensadas.
Dizer que viemos do nada e para o nada voltaremos é comportamento tal qual as lendas e fábulas que tentam explicar para crianças o que de fato quer que seja feito sem uma explicação plausível para acalmar as interrogações do momento.
Ser e ter essa racionalidade para a obtenção de respostas é um modo eficaz de trazer à tona um comportamento mais responsável, organizado e gentil para lidar com os tantos questionamentos filosóficos e científicos que nos inundam de perguntas ainda sem claras e concretas conclusões.
O jeito é continuar perguntando...
AndreiA CunhA
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