"Se o capitalismo é incapaz de satisfazer as
reivindicações que surgem infalivelmente dos males que ele mesmo engendrou,
então que morra!"
Leon Trotsky
“Ela virá, a revolução conquistará a todos o direito não
somente ao pão mas, também, à poesia”.
(Leon Trotsky)
“Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu
direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu
salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o
pensamento, que só à humanidade pertence.”
(Bertold Brecht)
“Um grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria.”
(Friedrich Engels)
“Os poderosos até podem matar uma, duas ou três rosas,
porém, nunca conseguirão impedir que a primavera venha”.
(Enesto Che Guevara)
Assisto de camarote o que vem acontecendo na Europa e no
mundo. Não como uma espectadora que quer ver o circo pegar fogo. Não, não é
esse o sentido da frase inicial deste texto, mas como quem colhe os frutos dos
pensamentos filosóficos plantados por quem sempre evidenciou as lutas de classe
como meio de revolução e mudança.
Também não sou adepta da guerra sangrenta ou até mesmo das atuais
repletas dos mais altos recursos tecnológicos. Embora toda e qualquer mudança
se efetive por meio de algum tipo de força que gere consequentemente certa
violência.
Estamos hoje vivenciando talvez o momento histórico mais
crucial do sistema capitalista que por si só está se consumindo como cachorro
louco a qual não tem mais o que comer.
A antropofagia em seu mais alto grau: o devorar-se e
consumir-se por não ter uma vertente tanto ideológica como de ação que lhe é
capaz de ser uma oponente à altura. O socialismo tentou e deu certo muito mais
pelas vias teóricas, visto que na prática se deparou com o humano e sua sede de
poder refletidos nos pecados capitais: ganância, avareza, ira e por aí adiante.
Sangrando em jorros fatais, jaz em sua agonia o capital na
Grécia cujo povo atento às gritantes mudanças de padrões e sob pressão desumana
responde com sonoros ais nas urnas elevando vertentes extremistas que causam
horror a muitos países ao redor.
O medo do efeito dominó causa angústia, desespero e tomada
de medidas mais austeras. No entanto, não é a esse o caminho redentor e, aliás,
nem eu tenho a pretensão de dizer o que poderia ser melhor, visto que
pouquíssimo entendo do assunto.
Sou meramente uma intrometida procurando compreender apitando
com brinquedo das arquibancadas num jogo com muitos juízes e pouco (ou muito –
dependendo do foco) entendimento da situação nova e desconhecida.
Quem diria que chegaríamos a ver, por exemplo, a presidente
de um país latino americano como o Brasil dizer qual seria uma estratégia menos
torturante para ‘os capas pretas’ europeus?
Enquanto há muito a ser deglutido desse corpo que ainda
resiste as suas próprias investidas, algo não muito novo exala pelos ares
mundiais trazendo incertezas quanto as possibilidades de tudo isso se
metamorfosear em guerra ideológica, científica e o que restará das pedras que
ainda resistem no se manter em pé.
Vemos a ascensão da xenofobia, da retomada da intolerância em
seus diversos níveis e patamares, o renascimento de vertentes imundas e
desumanas com o título neo na frente evidenciando um gosto de ranço e acidez
passados.
Vejo a frente uma pintura muito interessante de Salvador
Dali datada de 1941 em meio à Segunda Guerra Mundial em que bem claro ficou
como marca presencial do rosto do novo mundo referente ao pós-guerra apesar de
estarem em meio ao olho do furacão.
Seja como for, espero que meu escrito seja novamente apenas
uma grosseira imitação do quadro a qual me referi no parágrafo anterior. E que
num futuro próximo eu possa manejar melhor tanto os pincéis como as cores as
quais pretendo utilizar na tela que em branco se coloca em meu cavalete.
Andreia Cunha
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