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segunda-feira, 21 de maio de 2012

AS COMPLEXAS RELAÇÕES GRAMATICAIS





As regências são amigas muito mandonas que estão sempre querendo ser as donas do pedaço.
Quando nominais lideram tudo quanto é gente, tem seus subordinados que a elas se curvam mesmo que não a aceitem plenamente.

Quando verbais, e estas são as piores, manda e desmandam só um piscar de olhos e abrir de boca. Acabam com namoros, encontros às escondidas etc. Fazem literalmente ‘o diabo a quatro’.
Por isso é bom mantê-las sempre por perto e como amigas por mais que possam te mandar até mesmo para aquele lugar...

As senhoritas concordâncias são mais amenas e sempre consultam as anteriores para ver com qual fica melhor na combinação. A única exigência das moçoilas é com relação à moda. Concordar para elas é sinônimo de combinar. Não gostam de nada desajustado.

Por isso se precisar de conselhos quanto a roupas é exatamente com elas que se deve conversar, com certeza não te deixarão na mão.

A Dona morfologia guarda em sua casa um imenso guarda-roupas composto por dez compartimentos importantes: a V.A.C.I.N.A.P.A.P.S. Sendo que os compartimentos mais importantes correspondem a primeira e a última portas respectivamente. V de verbo e S de substantivo. Sem esses dois não há conversa pois as demais classes morfológicas se ligam ou ao primeiro ou ao último.

Existem um comando militar cujo generala é a Excelentíssma Sintaxe. Ela é responsável pela ordem no barraco militar e diz onde exatamente cada qual deve se colocar quando se organizam no quartel da comunicação.

Há sempre os mais rebeldes aí vivem as soldadas figuras de linguagem, licenças poéticas que possuem sim uma organização independente da imposta pela sintaxe. Apesar de tudo não vivem em guerra. Só se estranham um pouco quando uma adentra o universo particular da outra.

Há até casos homossexuais nessa história. As crases... Complicadas para se entender, pois sendo femininas nada mais natural que assim fossem por natureza. Muitos tentam entendê-las em seus usos e desusos. As famosas preposições que se unem aos artigos femininos  a em matrimônio vivem felizes para sempre até que alguma morte em reforma gramatical as separe.

Elas não vivem num clubinho fechado tipo Luluzinha, para demonstrar serem livres de preconceitos aliam-se aos masculinos comprovando ou não a existência de uma união estável ali. Caso algum macho ordinário queira se intrometer no relacionamento.

Há muito mais para se dizer afinal ao se tratar de Língua Portuguesa, muita coisa ainda precisa ser desvendada, mas por enquanto atenho-me a esses fatos. Os demais virão com o tempo. Portanto, caros leitores aguardem... Mais noticias do reino gramatical surgirão para complementar essa postagem...

Andreia Cunha







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