Sua autenticidade está ofuscada pelas vontades a qual você se impõe como limites?
Impossível se superar quando por teimosia você insiste no que a vida já te disse que não dá certo?
Viver nunca foi fácil, porém não tão difícil quando a gente se predispõe a ouvir, ver e sentir os sinais que enviados passam pela pele, mente e coração de quem procura realmente entendê-los.
Não é preciso se sufocar nos atos que precisam ser ditos, não é negar enxergar o que já está mais que visto e revisto. É apenas uma condição de aceitação e prosseguimento de rumos traçados que podem ou não se distanciar de uns e de outros.
Ah, os outros... Geralmente dizem ser o outro o problema... Veja com clareza que tudo parte de uma permissividade consentida pelo seu eu detentor sobretudo daquilo que consideramos como verdades. Não que não exista uma parcela de responsabilidade nos atos alheios.
Tudo tem seus lados e hoje mais do que nunca penso que nada é duplo como antes se estudava em dicotomias. Os lados se bifurcam crescem e se multiplicam infindamente a medida que os espelhos se tornam caminhos palpáveis e seguíveis.
Um mar de ilusões se forma quando do chão tais espelhos refletem o céu . Enquanto na verticalidade, inúmeros eus se entreolham se conhecem e se desconhecem nas poses e ângulos antes impensados. Entretanto, independente de posições e imagens somos muito mais que tudo aquilo refletido.
O dito verdeiro eu não se revela, não se predispõe a espelhos e reflexos, pois ele não existe visto que as cascas são abandonadas no caminho. E o que fica? Nada a não ser os exemplos deixados para a posteridade seja esta com laços sanguíneos ou não.
Sim, os atos, quando não muito aliado às palavras marcantes e marcadas por sua presença.
Que palavra hoje te define? Que atitude hoje te é por inteiro?
Andreia Cunha
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