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terça-feira, 13 de março de 2012

DA IMPORTÂNCIA DAS DOENÇAS



Temos a tendência de nos sentirmos grandes e fortes invulneráveis às intempéries mesmo quando acontecem ao nosso redor, até que por um infortúnio da vida e de seus descasos com nossas reles opiniões, uma doença nos sobrevém.

Uma simples gripe dependendo do estado do organismo nos põe numa cama sem forças para levantar e seguir os rumos antes propostos pela nossa absurda confiança na matéria pura e simplesmente.

Não estou admoestando em favor da doença, que por sinal sempre traz suas dores e dissabores. Estou apenas tentando - e nem sei se conseguirei - algo que minha alma sempre anseia ao tentar escrever – expor meu posicionamento em relação a essas adversidades evidenciando alguns fatores que não muito nos tirará da condição horrível de somente reclamantes e pedintes da vida o que dela e nela há de melhor.

Quando perdemos momentaneamente aquela vitalidade de outrora, querendo ou não passamos a valorizar aquilo que antes nem notávamos: a importância da saúde. Seja um resfriado ou algo mais sério, temos a tendência de parar e refletir quando pressionados  à parede mais próxima.

Pasmem, uma doença sempre nos faz sair transformados por menor que esta seja: uma reflexão, um cuidado maior, uma medida preventiva mais atenta ou até mesmo o amor mais apegado sendo o outro alguém a quem muito amamos.

Vivemos o século das depressões, dos transtornos e das neuroses, no entanto é a minoria estudiosa e observadora do cotidiano que aos poucos questiona o quanto isso tem afetado nossas relações desde as mais íntimas até as que se refletem em cascata no cotidiano social em todos os níveis possíveis.

O que em si precisa ser modificado, repensado e concluído? Às vezes, as doenças nos convidam ao ócio forçado para pararmos e repensarmos sobre tudo o que negamos quando estamos saudáveis e operantes como máquinas.

Irônico o que direi, mas não tenho medo de dizer, afinal as palavras não são para serem temidas apesar de terem sido criadas pelos homens: uma doença pode ser uma bênção para nos proporcionar as mudanças que antes insistíamos em adiar e adiar eternamente.

Sei que os que estão talvez num situação mais calamitosa e em leitos dos hospitais mais despreparados acharão esse posicionamento incoerente. No entanto, aí adentraríamos uma questão política o que agora não é o caso, pois daria mais que uma postagem...

Mas, caros amigos caso estejam nessa situação parem a máquina adoecida, sentem e contemplem primeiramente essa natureza divina concedida pela força criadora maior a qual não conhecemos nem a milionésima parte que está dentro de nós. Depois, repensem seus conceitos e sendo ou não algo crítico ou momentâneo tudo de alguma maneira terminará bem.

A maturidade plena e verdadeira não é consequência das conquistas materiais adquiridas com o tempo, mas sim em como utilizamos esse tempo que nos foi dado para nos aprimorarmos como pessoas realmente humanas...

Se for para sairmos dessa que seja para melhor em todos os sentidos possíveis e imagináveis.
Grande abraço repleto de saúde a todos os amigos desses multiversos em palavras que se dispuserem a ler esta postagem...

Andreia Cunha





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