Qual seria o motivo de termos nesta vida tantas aflições? Tenho por mim, e digo isso sem querer me apossar da idéia a qual apenas tentarei expor, de que uma força superior a qual uns chamam de Deus, Alá, Jeová e outros tantos nomes sagrados não nos deixaria vivenciar os males desta vida sem que isso não se revertesse em algo de uma beleza maior.
Eis uma palavra mágica: o Belo. Tudo se reverte em beleza. Não é à toa que os antigos filósofos discutiam tanto a definição do termo para o contexto da existência em todos os sentidos além da humana. Aliás, o fato de sofrermos desventuras foi é e pelo jeito sempre será motivo de muita obra literária.
Na Odisséia de Homero há trecho que diz que os deuses nos dão tais situações para que tenhamos no futuro o que contar às gerações futuras. Não só contar como também cantar. E cantar nesse caso está para a poesia, está para a estética do narrar algo com profundidade de beleza objetivando ensinamento e aprendizagem.
Sem dúvida Deus é o Poeta-mor, pois abarcou toda a criação com sua complexidade e singeleza a qual até hoje os cientistas tentam desvendar. O assunto é vasto e adentraria muitas vertentes desde religião até as áreas mais céticas da ciência e não chegaríamos a uma conclusão. Imaginem uma religião fundamentada na estética e uma ciência também estética?
Não consigo imaginar. Isto é algo a qual minha capacidade de imaginação não conseguiu abstrair. Talvez fosse mais fácil a compreensão desse universo infinitão. Um Deus-poeta explicado por uma ciência-estética. Com certeza, tudo acabaria em livro. E quem sabe não estejamos realmente nos encaminhando para a escrita desse livro chamado por muitos como ‘O Livro da Vida’.
Andreia Cunha
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