O dia em que Vênus e Marte se entenderam foi a maior confusão, pois os curiosos ao redor não sabiam explicar o que de fato seria dali por diante.
Uma toda amor, o outro todo guerra. Uma beleza e sensualidade. O outro força e coragem.
Um mistério se afigurava com jeito de indefinição.
- Quem prevaleceria? Quem por fim cederia?
Mal sabiam que dali surgiria uma nova era na qual não seria o fogo dos combates nem a doce fragilidade. Em Vênus mascarado estava o Deus Amor – fio condutor da energia capaz de apagar os maiores dos fogos sem necessariamente precisar de água. Mas água ela tinha e a tinha em abundância.
Pois foi o líquido borbulhante de Vênus mais o poder do Amor que cessou a chama inquietante de Marte, que rendido aos caprichos apimentados da suave Amada fez com que este rendesse suas armas mais ferinas e somente a surpreendesse com ardente paixão.
Cada um luta com a arma que tem e tange a alma do outro que lhe concede permissão. Estes são os desígnios do coração.
Andreia Cunha
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