“A liberdade, como já dizia Marx,
deve ser vista em como se dão as relações sociais.
É preciso ver se as pessoas possuem
liberdade dentro dos mecanismos sociais”.
Slavoj Zizek
Quem diria o berço cultural da civilização ocidental está em situação deplorável. Outrora fonte de tantas inspirações desde pensamentos a mais profunda arte de recriar o humano em esculturas, vê-se em situação paupérrima e debilitante de forças em todos os sentidos.
O povo, domado pelo poder do capital, é esmagado até que da maioria se faça um sumo grosso para ser servido em taças de ouro aos que assistem tranquilamente o aniquilamento de uma nação. O néctar é verde e sinuoso representado pelo cifrão.
O que diriam os filósofos da Antiguidade? Os poetas e os representantes do povo que visavam a tão sonhada democracia? Uma após outra as nações européias se rendem à força dos detentores do poder que a qualquer custo se sustentam no topo dessa cadeia alimentar.
Sem fatalismos, algo vai feder por nossas terras, embora por enquanto o odor mais forte permaneça além mar. Que essa nuvem pestilenta se abrande para que tantos não sejam sucumbidos pelo tsunami econômico que lentamente se levante mesmo que queiram mascará-los com números razoáveis.
É muito fácil se apropriar de índices, mas quem vive na plebe percebe as mudanças bruscas no bolso cada vez mais vazio a cada compra de mercado. Espero que não revivamos os tempos críticos nas quais os grandes investidores faziam seu dinheiro multiplicar com as chamadas overnights enquanto o povo dançava o samba do crioulo doido para se sustentar na corda bamba.
Espero sinceramente que tudo o que escrevi não passe de mera preocupação de alguém que margeia as notícias sem tanto conhecimento político-econômico internacional e que tudo seja pacificado o mais breve possível.
Que falta faz um líder mundial como Che capaz de ser oposição pertinente a essa corja que se faz com o sangue da maioria renegada a condição de puxadores da roldana do sistema...
Andreia Cunha
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