você acredita que o desenho acima foi feito com caneta esferográfica?
Quando David August morreu em batalha, seus companheiros sobreviventes o enterraram num campo com muitas árvores ao redor. Marcou-se com uma cruz para que assim fosse determinado o local em que jazia um combatente fiel a seus princípios.
Conta-se que o fato aconteceu lá pelos idos de 1341. Desde então, David August ficou conhecido como figura heroica, visto que sua bravura era admirada pelos demais. Honrou-se sua imagem e sua coragem. E como os anos passam e tudo está sujeito a mudanças e ressignificações com esse caso não poderia ser diferente.
Eis que do local do enterro, no fundo daquela terra começou a brotar uma semente que primeiramente com raízes jovens e finas aos poucos foi se adensando até que surgiu bela árvore na qual o tronco ganhava a forma de um corpo.
Aos que olhavam, realmente era fácil ver a figura de um homem se erguendo daquele chão que aos poucos se elevava aos céus com bela copa a se formar. Em breve, em flor, a árvore que era uma laranjeira produziria seus frutos.
Não sem grande espanto muitos começaram a especular sobre o fato e a transformá-lo em uma lenda, resgatando os idos históricos na figura de D. August.
Quando o outono chegou, a laranjeira de frutos se encheu, e muitos dos moradores da região que saborearam os frutos se sentiam fortalecidos e com o mesmo espírito guerreiro em seus corpos renovados...
Mas aos olhos da ciência, tudo não passava de crendice, embora reconhecesse no tronco a figura perfeita de um homem. O fato era que para terem certezas e convicções seria necessário provar e comprovar com dados concretos e não somente com boatos.
Pelo passar dos séculos, a cruz original que ali se assentava já não mais existia. Desconfiava-se então até se era aquele realmente o local do sepultamento.
Mas quem disse que o povo deixaria que colocassem a mão na árvore para arrancá-la ou simplesmente machucá-la? Eles eram os protetores da tal lenda. Esta sim era real mais do que qualquer experimento científico feito pelas mãos humanas.
A árvore já era uma comprovação de toda a beleza das histórias sejam lendas mitos ou crendices. Sua existência já era um milagre.
Tanto que até hoje, há lutas dessas duas vertentes de pensamentos sem nenhuma conclusão efetivada como sendo
A VERDADE.
HÁ VERDADES GRANDES DEMAIS PARA SEREM ALOJADAS SOB UM MESMO TETO.
Andreia Cunha
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