O meu pensar é a impossibilidade de me traduzir.
Tal qual um farfalhar de vento sobre as folhas de um coqueiro, sinto as palavras tentando, querendo e por fim conseguindo ser a intraduzível figura que se esconde no correr das folhas de um dicionário.
Ela, ser brincalhão; eu, o angustiado procurando nomear o inominável que também em ti habita. Se não o sentiste é porque não deste tempo nem a chance do processo-fruto-amadurecimento...
Colheste-o antes da hora. Tiraste-o de ti-árvore, para viver mais facilmente sem este ente dor crescente buraco-negro que é o mistério da criação...
Andreia Cunha
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