E a palavra o fez. Não, não foi o contrário.
Quando esta nasceu disposta nos ares do Vazio o que antes
era Nada se dissipou. A palavra candidata a personagem se tornou também espaço
e tudo o que hoje existe mesmo ainda no desconhecido.
Você é palavra! Suas células? palavras que se alimentam de
outras tais como vitaminas e proteínas, DNA, em formato yin yang espiralado e porque não Verdade, Verossimilhança,Perguntas e até de ETC.
São todas palavras! Parecem soltas? Então desarme-se do
sentido neoclássico de ser e adentre o universo da linguagem além de
determinações pomposas e claras que instituem o modo de se ser no mundo.
Não, nada é simples de se apreender quando a vontade da
mente preza pelo se libertar das amarras as quais querem nos aprisionar. Suas
palavras são SUAS, ninguém as pode controlar a menos que você deixe.
Há seres que por conta disso nem nasceram para a vida ainda.
Nem feto, nem semente...
Descobrir-se requer retirar os mantos que nos tentam cobrir
das fôrmas sem formas. Para isso, desformas, reforma, informa, com forma e não
apenas conformar no conformismo da palavra.
Muitos abrirão o corpo para receber as informações outros se
fecharão com medo da morte exposta no bisturi que se afigura nesse abrir o
corpo pela mente. Outros sabedores desse círculo mentem para que tudo continue
como está.
A palavra lavra a terra e a prepara para recepcionar a semente
nova. Ela não apenas está escrita nos céus como nuvens passageiras. O
receptáculo de nosso céu corpóreo também é um baú de surpresas quando se sente
um cheiro, um toque uma luz um insight.
Nisso descoisificamos nossa existência e nos deixamos ser
significado potente para a metamorfose que é o dicionário sem o construto do
filólogo externo. Somos nosso filólogo construímos nossa arquitetura e lutamos
por ela com tijolos aéreos de palavras, muito mais potentes dos que concreto,
pois é no abstrato que a verdade se esconde dentro de cada ser.
Não se perca do abstrato Luz. Faça-se luz dizendo você
mesmo: Haja... Aja. Aja - Ah já...
já...
andreiACunha
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