Aqui um vislumbre da imponência do narrador em não contar a história.
Apenas voltear o enredo com seus comentários.
andreiACunha
A seu ver tudo parecia grandioso, esplendoroso e tantos mais
adjetivos que lhe viessem à cabeça. No entanto, para o meu real das coisas era
tudo tão, mas tão pequeno que em uma cabeça de alfinete mal caberia a guerra
que estava sendo estipulada naquele momento.
Ah, a guerra! Alguns
se surpreenderiam com o Ah inicial por achá-lo mais próximo do alívio do que
necessariamente de um ai. Dizem outros tantos alguns que a guerra também é uma
bênção com os idos do tempo. Uma espécie de termômetro das mudanças úteis para
o arejamento de ideias e um não ao absolutismo entre povos sob as capas cujo
título brilha a palavra PODER.
A manutenção da capa é o que move a guerra e ironicamente cria
mudanças efetivas. Dizem que a raiz está
nos instintos humanos, que a guerra é um estado primitivo e igualmente natural,
que sem ela pouca ou nenhuma mudança se estabelece e tão pouco a humanidade
evolui.
Tantas conjecturas no eu narrador bem diferentes das do ele
inicial em que suas ideias pareciam verdades
supremas dizendo o sim para o valer a pena ter em punho a arma e destituir os
inimigos que se opunham ou se punham à frente dos mágicos ideais aos quais
defendia com a vida caso fosse necessário.
Era na guerra que ele estava agora apesar da aparente paz
sem o combate. Um campo de batalha: generais, comandantes e a linha de frente
sempre prestes a morrer primeiro. Intermediário, pois que peça-chave em sua
tropa não poderia prescindir de certa segurança para sua permanência.
Um homem que se entrega de corpo e alma aos ideais alheios e
os defende como seus e possui um tipo de inteligência razoável, é soldado
importante até onde fosse possível resguardar sua preciosa vida.
Era isso o que tudo que era: peça estratégica na manutenção
das forças aliadas. Para ele, algo magnífico pelo qual valeria pôr a vida em
risco.
Mal sabia que o risco traçado pela guerra pode muito bem
terminar num absimo-precipício muito maior que a morte do corpo em pompas e
circunstâncias.
Ele já ali habitava sem saber o tamanho dessa estranha
estrutura chamada forma de viver.
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