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domingo, 4 de novembro de 2012

A GUERRA EM PAZ (E VERSA-VICE)





Aqui um vislumbre da imponência do narrador em não contar a história. 
Apenas voltear o enredo com seus comentários.
andreiACunha


A seu ver tudo parecia grandioso, esplendoroso e tantos mais adjetivos que lhe viessem à cabeça. No entanto, para o meu real das coisas era tudo tão, mas tão pequeno que em uma cabeça de alfinete mal caberia a guerra que estava sendo estipulada naquele momento.

Ah, a guerra!  Alguns se surpreenderiam com o Ah inicial por achá-lo mais próximo do alívio do que necessariamente de um ai. Dizem outros tantos alguns que a guerra também é uma bênção com os idos do tempo. Uma espécie de termômetro das mudanças úteis para o arejamento de ideias e um não ao absolutismo entre povos sob as capas cujo título brilha a palavra PODER.

A manutenção da capa é o que move a guerra e ironicamente cria mudanças efetivas.  Dizem que a raiz está nos instintos humanos, que a guerra é um estado primitivo e igualmente natural, que sem ela pouca ou nenhuma mudança se estabelece e tão pouco a humanidade evolui.

Tantas conjecturas no eu narrador bem diferentes das do ele inicial em que suas ideias  pareciam verdades supremas dizendo o sim para o valer a pena ter em punho a arma e destituir os inimigos que se opunham ou se punham à frente dos mágicos ideais aos quais defendia com a vida caso fosse necessário.

Era na guerra que ele estava agora apesar da aparente paz sem o combate. Um campo de batalha: generais, comandantes e a linha de frente sempre prestes a morrer primeiro. Intermediário, pois que peça-chave em sua tropa não poderia prescindir de certa segurança para sua permanência.

Um homem que se entrega de corpo e alma aos ideais alheios e os defende como seus e possui um tipo de inteligência razoável, é soldado importante até onde fosse possível resguardar sua preciosa vida.

Era isso o que tudo que era: peça estratégica na manutenção das forças aliadas. Para ele, algo magnífico pelo qual valeria pôr a vida em risco.

Mal sabia que o risco traçado pela guerra pode muito bem terminar num absimo-precipício muito maior que a morte do corpo em pompas e circunstâncias.

Ele já ali habitava sem saber o tamanho dessa estranha estrutura chamada forma de viver.

andreiACunha









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