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terça-feira, 22 de novembro de 2011

POIS É... TEM QUE SE SAFAR





Interessante é notar como as palavras comparadas a peças de lego podem ser montadas a ponto de formarem figuras ad infinitum. E é assim que tenho acompanhado a troca de farpas entre alguns colunistas de jornal que defendem posicionamentos diferentes tentando convencer leitores. Pois este é o maior objetivo de quem escreve principalmente em um veículo público. Não adianta virem dizer que é puramente exposição de pontos de vista sem intenção alguma que esta não cola MESMO...

Enfim, confesso que assisto a esse jogo ilusório de palavras como uma partida de um bom futebol. Não torço por nenhum dos lados, mas admiro a perspicácia de ambos os times em expor seus conceitos. Uns se valem da tentativa de desmoralização de pensadores, outros se valem da palavra em seu âmbito reflexivo para espelhar idéias fundamentadas em outras tantas palavras como se estas fossem verdades absolutas.

E, por isso a comparação inicial a palavras como peças que vão montando retóricas pautadas entre silogismos e sofismas para abocanhar seguidores.  Tenho que confessar mais uma vez que acho que tudo se move com interesses escusos de ambas as partes envolvidas. Seria uma carreira política a intenção dessa divergência cultural? Algo de podre acontece no reino da Babilônia Intelectual.

Creio que os movimentos levantados nada mais representam que meios muito bem utilizados para mostrar a competência verbal em produzir mais e mais robôs que se consideram pensantes, mas que na verdade são conduzidos pela esteira a mais uma colocação de peças em seus corpos.
A que Senhor tais senhores colunistas estão seguindo? Para que com tanta veemência verbal se propõe a dilacerarem as carnes uns dos outros?

Acho que a estes intelectuais tão bem forjados por palavras como espelhos de cascas duras seria muito bom ouvir aquela musiquinha tão tocada do Pink Floyd que tem o refrão que diz: Hey teacher, leave the kids alone.

Idéias mal direcionadas e mal intencionadas podem se reverter contra cada qual que as utiliza. Quanto a mim, sinceramente prefiro não ambicionar carreira pública. Acho muito triste ver aquelas propagandas na qual se picha um político e depois a conivência muda todo o rumo dos discursos anteriores.
Isso sim é vergonhoso. Quem há de tropeçar em suas próprias palavras?

Andreia Cunha














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