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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SINCERIDADE? VERDADE?





Fui confrontada por meus pensamentos quando eles me questionaram: o que se quer dizer quando alguém fala que é sincero?

O que é sinceridade? O que nos leva a crer que temos aptidão suficiente para dimensionarmos quem realmente detém tal valor?

Seria a sinceridade falar o que se pensa sem se preocupar com o que o outro vai pensar, sentir ou agir? Seria a exposição do ser como capaz de emitir pareceres por intermédio da fala a seus interlocutores no momento em que discursa? Seria ainda a arte do convencimento dessa fala aos participantes do jogo por um líder que se propõe e sabe usar a palavra mesmo que de um modo grosseiro?

Difícil responder, pois para demonstrar certezas e opiniões nesse caso, não é possível  nos dissociarmos das palavras. E até onde estas se extendem na proximidade do tapete vermelho que se intitula como verdade?

O terreno por onde passa tal tapete é terra santa, inatingível ao homem que ainda precisa se expressar por meio de ilusões nas quais as palavras são grandes mestras. Isso ainda implica num contexto mais amplo, visto que o homem se apropria dessas ilusões para criar outros tantos espelhos os quais tentarão nos seduzir como a grande e única verdade.

Verdade e sinceridade, nessa situação, caminham juntas pois quem se diz sincero (ou quem considera o outro assim) geralmente interliga um termo ao outro: sou sincero porque digo a verdade doa a quem doer ou digo a verdade doa a quem doer portanto, sou sincero.

Temos aí um paradoxo difícil de se resolver pois enquanto ilusões somos conduzidos a crer naquilo que é mais coerente e plausível mesmo que envolto na capa de espelhos côncavos ou convexos.
E o que fica disso?

Será que quem tem mais habilidade de convencimento por meio das palavras e consegue atrair maior número de adeptos as suas ideias é aquele que também detém (provisoriamente ou não) o prêmio a qual se intitula Verdade cujo subtítulo é a Sinceridade para aquele que assim a conseguiu por intermédio da força e da persuasão?

Andreia Cunha














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