Socorro! As cidades estão caindo!
Estruturas mal feitas de décadas anteriores estão vindo à tona e tem sido muito comum ouvirmos notícias que infelizmente demonstram essa verdade da falta de planejamento e organização consciente das cidades.
O que se vê é um emaranhado em novelo nas quais as áreas urbanas foram se multiplicando, ou na pior das hipóteses,se proliferando ao léu. Como moradora de uma dessas urbes, fico imaginando o quanto estamos sujeitos a tais fatalidades, pois novamente o que me parece (e é) é que o senhor dinheiro fala mais alto do que as verdades em laudos periciais cujos interesses se resumem nas aparências.
Não posso me referir a todas as cidades brasileiras, mas não é de se negar que em muitas, temos a sensação de estar sendo engolidos pela gigantesca massa pétrea que se prefigura como meio ambiente natural.
Noto principalmente aqui no litoral. Santos é uma ilha. Como pode abarcar tantos arranha-céus e prédios tortos na orla da praia sem contar as escavações para passagem de tantos fios e agora gás? Por cima, nem se conta, visto que os fios mais parecem uma teia produzida por uma aranha enlouquecida por algum tipo de droga alucinógena.
Tenho certeza de que alguns rirão de minhas palavras no hoje, entretanto espero realmente que seja apenas uma postagem inútil de alguém que delira nessa selva insana a qual geograficamente foi se formando com o descaso do poder público.
Penso sinceramente que estamos colhendo os frutos dessas décadas anteriores com as tantas enchentes que com pouca água consegue demolir sonhos inteiros ou deslizamentos em locais inapropriados para a construção de moradias. A natureza está sendo modificada? Sim. Isso é evidente. Mas mesmo assim o homem ainda é o causador dessa metamorfose climática.
E o que diremos dos locais de classe média alta? O descaso não se preocupou com estereótipos sociais e agora que o Brasil tem sido alvo de olhares mundiais por conta de tantos eventos importantes será que é justo tantos inocentes estarem pagando pela ganância alheia?
Coincidência ou não a maioria dos últimos acontecimentos foram em períodos de baixo expediente, embora existam vítimas. O que de certa maneira não ameniza a dor de quem se perde, seja um ou mais de um.
A muitos, tudo isso parece distante e só se tem notícia via mídia, para outros é triste e dura realidade a qual se tem medo até de sonhar. As cidades estão vivendo um intenso e vívido pesadelo e nós somos os ínfimos biscoitinhos amassados sob os pésde concreto da ganância de quem camufla perigos e verdades.
Olho por olho, dente por dente e o mundo terminará cego e banguela e pelo visto também só restarão as pedras sobre outras tantas pedras do monturo derribado.
E nas construções? Deus lhe pague...
Andreia Cunha
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