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domingo, 25 de dezembro de 2011

JUSTIÇA E AMOR VERDADEIRO



O mundo precisa de justiça, não de caridade.
Mary Shelley


A compaixão, sozinha, é a base efetiva 
de toda a justiça livre e de toda a caridade genuína.
Arthur Schopenhauer



O que julgamos amar é o que nos atrai pelos sentidos. O Amor nesse caso é atitude seletiva: amo porque vejo algo que me encanta, porque sinto algo que me desperta o gosto, o cheiro ou o toque e me libera a sensibilidade seja esta prazer ou dor.

Tomamos o amor como libertador de todos os males inclusive o que nos levará a redenção espiritual, mas raras às vezes entendemos o sentimento como ser aliado aos sentidos que nos enganam constantemente.

Religiosamente e retomando passagens bíblicas temos a noção de que amar é o único dom supremo. Entretanto, percebo e nisso posso estar completamente enganada (mas não deixarei nunca de me expor) que em todos os momentos que se aplicou a lei divina operou maiormente a justiça e a misericórdia como meio de resgatar sentimentos. O Amar veio depois.

O caso de Maria Madalena e o atirar a primeira pedra foi um ato de justiça. O paralítico de Betesda que não conseguia se atirar às águas também e por aí vai... Não me deterei aqui aos milagres de Cristo.
Há em nós, seres mortais, um desejo de ressignificação do que somos, de nomeação desse ser que nos habita e a possível aproximação para a tão sonhada compreensão do que realmente somos. 

(Relembrando a passagem de Moisés pelo monte Sinai e a impossibilidade de se ver, tocar ou nomear Deus)

Todas as áreas do conhecimento humano giram em torno dessa procura pela completude do ser geralmente fragmentada pelas mesmas ciências que tentam abarcar o todo. Para isso o amor é um meio de resgate de nossa existência. Interpretamos mal o “Ama o teu próximo como a ti mesmo” e ainda assim cometemos injustiças e temos tantas leis para pôr em prática o que somente essa frase poderia suprir como Constituição.

O amor pleno é primeiramente justo e não vê aparências e para isso conseqüentemente os sentidos não interferem na ação. Se o ser é bonito ou feio, forte ou fraco, são ou deficiente, vegetal, animal ou mineral; o que verdadeiramente importa é sermos praticantes da justiça e daí o amor pleno florescerá como água da fonte permanente.

Andreia Cunha


Se você é capaz de tremer de indignação 
a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, 
então somos companheiros.
Che Guevara










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