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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

DESEDUCANDO A EDUCAÇÃO




Costumava dizer que o melhor que um ser humano ainda pode ter é ser dono irrestrito das funções de sua mente. Mas quanto à matemática dessa assertiva, no atual, acontecia uma redução em porcentagem significativa na medida em que pelo excesso de controle remoto educativo a coisa ia se degringolando e consequentemente perdendo a noção da realidade do se ser no mundo.

Mas o que era a realidade naquele contexto? Apenas conter a rédeas curtas os espaços mais que limitados dos supostos pensantes? Pelo jeito o mundo intelectual estava se reduzindo a largos passos e isso era o que a minoria bem queria para continuar ativa na detenção das atividades controlativas e deploráveis do processo de conhecimento evolutivo no mero mundinho vasto a ser ainda decifrado.

-Triste!

Balbuciava em seu mudo calado exterior, mas não mental... Até onde iria sua consciência da realidade? A situação estava ficando sufocante caso não se ajustasse aos moldes criadores, porém não criativos dos detentores da irrazão. Sistemas e mais sistemas burocracias como soluções – nada eficaz, claro.

O controle remoto-mor  deveria se sobrepor ao individual que deveria estar sempre em crescimento caso se praticasse uma tal de leitura que era feita com os olhos e mente ativas, livre para a imagem em ação.  Daí imaginação.

No entanto, era com o desconhecimento que mantinham certas funções inativas e resguardadas dos leigos ensinados a não gostar do prazer interessante que a leitura com olhos atentos proporcionava... O escravizar era pelo incitamento do não gostar sem ao menos experimentar.
Abrir portas e janelas somente no denotativo e mecânico. Voar? Impossível para um pássaro podado desde o tenro nascimento. Eis a função do determinismo funcional intitulado como mero caso do acaso de um destino fatalistico e surreal.

Até que num fatídico dia em meio a escamas que caíram sei lá de onde algo começou a mudar-lhe os sentidos. Ver eram com o tato, sentir era com os olhos e o paladar estava nos ouvidos os cheiros era com o corpo todo aguçado num êxtase inebriante de sensações irrefreadas nos sentidos amalucados.

Era  o deseducar que precisava ser ensinado. O controle não deveria nem de sombra ser remoto e ausente, deveria sim ser mais que presente nos dês-controles em cisão do objeto  para se ver o que não mais acontecia como regra – a dês-regra.

O controle deveria ser aberto como se fosse uma operação e o corte em bisturi. Uma nova plástica se faria no ser que antes controle remoto teria a chance de se ver revendo nos espelhos não torcidos de sua mente agora plena e sã de sua existência não apenas virtual.

Aí sim portas e janelas poderão ser abertas no conotativo mais que em controles remoto controlados por um algo superior...

Andreia Cunha










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