Na esquina, o inesperado não mais me surpreende. Estou
repleta de surpresas do teu eu que chegou antes de dobrá-la. Fui, a bem dizer, acordada
por essa suave esperança que veio a meu encontro enquanto vislumbrava em outra
direção.
Olhava à direita, à esquerda e vieste do óbvio. O óbvio que
por sinal deixou de sê-lo nessa carta sem contrato. Tamanho mistério em enigma
criptografado ainda não me clareou os sentidos embora estes estejam mais do que
aflorados.
A pele exalando o perfume em flor desmancha toda a velha expectativa
antes diluída nas sombras do meu eu. Agora somos nós. Emaranhados por vocação e
desejo de assim se ser e se sentir.
A nuvem desanuviou o sol que voltou a
brincar com as meninas dos olhos meus com os agora revelados teus.
A ciranda em perfeita dança faz o sonho flutuar no meio
dessa roda que é a vida em impulsos. Nossos pulsos, ansiantes desse ar, seguem
o ritmo do sangue sereno a borbulhar nesse oceano místico menino de nossos
corpos a suar.
Adolescentes vestígios de um amor nascendo desse encontro
terra e água em amor semente prestes a brotar. Nada menos importa do que deixar
seguir seu curso, movimento desse espelho reflexo meu nos olhos teus.
andreiACunha
Sem palavras, vc sente e escreve de tal forma, que não tem quem não se sinta lisonjeada com tamanha demostração de carinho e afeto. Parabéns menina...
ResponderExcluirO amor é isso mesmo um emaranhado de sentidos...Parabéns Andréia.
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