A quietude era para si a morte. Sua alma repleta de segundos
de areia desejava o caos, o borbulhar de refrigerante prestes a ser consumido,
transformado em aéreo movimento não necessariamente pela boca, mas pelo ar que
o levaria etéreo para um além-invisível.
Aos olhos desatentos parecia calmo momento, no entanto quem é
que disse que são nos olhos que o espetáculo acontece ali no visto, mas não
visto?
Os desvistos da pressa olhar não atentam para as minúcias
físicas que nos movimentam em se faz, refaz, desfaz e se rerrefaz para depois
se des-re-se-rerre-fazer montar e prosseguir no ritmo obscuro iluminado dos desolhar.
Mistura confusa, contrária, côncava e convexa do existir e
se encaixar na existência. Sim e não para quem pensa: o barato é punsk! Apenas
mágico, simplesmente lógico constantemente criativo e reprodutor de ocos e
vazios do nada ser. E há ainda gente que se afirma no ter.
Ilusão que queima a pele, derrete os neurônios, eleva ao
nível da arrogância e da altivez e bloqueia o crescimento do conhecimento
sempre ínfimo perante o todo que se desconhece ainda por se saber por se
inventar por se descobrir.
Por isso, sua inquietude apesar de contida nos seus
interiores tinha ares de sonho-desejo-angústia-pesadelo: vida no sentido
completo. Seu silêncio era fundamental para resgatar seus primórdios, sua
inessência.
Não, não morreria nos borbulhares ocultos desses atos.
Manteria apenas a vida no invisível do vivível dos olhos paralíticos.
E paralisia mental era o que menos queria...
andreiACunha
E tem vezes que deixamos escapar algum pensamento pelos olhos...no mais estamos vira e mexe olhando para dentro de nós onde só nós podemos ver...
ResponderExcluirConseguiste traduzir um estado de alma. Parabéns.Beijos no coração.