Perigoso afirmar que o homem precisa do autoritarismo porque
é por fim irracional em suas atitudes e que se faz necessário uma varinha
mágica que nos guie ao caminho da perfeição ainda mais quando se utiliza de
argumentos da base intelectual(óide) para justificar esses fins.
Hoje em dia tudo parecer ser refletido em espelhos
distorcidos com a exposição dos fatos podendo facilmente ser invertida e
revertida em inúmeros posicionamentos contraditórios mesmo que fundamentados em
exposições de figuras relevantes.
O fato é que cada um ‘puxa a sardinha para o seu lado’, isto
é, cada um quer aparecer mais que o outro na defesa até de argumentos excêntricos
para parecer uma pessoa intelectualizada e que por isso deve ser mais do que
ouvida às custas de rédeas dos seus seguidores.
Controvérsias, caros leitores, controvérsias faltam-nos
condições de argumentar as leituras que fazemos, deixar de crer ingenuamente em
tudo o que se lê como verdade plena. Afinal o jogo retórico é o verossímel e
não tem que necessariamente revelar as intenções do autor a seus
interlocutores.
Há por detrás desse imenso jogo as intencionalidades sejam
políticas, pessoais, sociais e talvez até demagógicas para incitar e conduzir os
despreparados para os caminhos que nos
querem levar.
Somente num sistema democrático é que se fazem acordos de
ajustes de opiniões sejam estes por meio de silogismo ou até sofismas... Todos,
a seu modo, tem o direito de falar o que considera ideal.
Agora colocar o
autoritarismo como benigno é pra lá de absurdo, pois assim tristemente
estaríamos retrocedendo no processo evolutivo – seria realmente necessário
voltarmos aos impérios e aos imperadores a base do pão e circo? Seria, por fim
benigno vermos e fingirmos não ver o sumiço de pessoas a base de torturas que
morrem por discordar de opiniões dos detentores do poder?
A mim fica bem claro que as regras do jogo é de fato
imbecilizar a opinião pública com programinhas que fingem serem relevantes os
questionamentos que os mesmos propõem: que me importa se determina atriz não se
depila ou não, que me importa se fulana do BBB está com algum ator global, que
nos importa se o marido da dita desconhecida vai a determinado programa para se
defender das acusações de que não toma banho antes de dormir, que me importa se
determinado jogador de futebol está namorando ou ficando com a mais nova
bonitinha do momento?
Tenho medo de ver o gado indo do pasto ao matadouro como se
fosse mais um passeio.
Oremos? Rezemos? Ou aceitemos? Acho que é n.d.a. (nenhuma das alternativas ou...).
andreiACunha
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