Meio dia é a hora. Todos os zumbis saem de suas tumbas e
põe-se a andarilhar pelo recinto. Maquiados como vivos enganam os mais
desatentos. Parecem fiscalizar os demais na busca de problemas para serem
solucionados. Procuram tudo menos a cura para seus descabidos atos.
Caso encontrem os referidos problemas dão um jeito de se
sentirem superiores como se fossem a salvação única e exclusiva do
planeta-mundo em que sobrevivem, exigindo os louros dos agradecimentos ao
final.
Nada para quem está de fora faz sentido. Os valores são
outros... Os louros são como couraças que impedem de enxergar com profundidade.
O ouro é de tolo. Couro, chicote da escravidão que os manipulam para suas
verdades.
Consideram trabalhar para um bem e com isso produzir o
progresso em tecidos com os fios da evolução que pensam possuir. No entanto,
são os fios que os enredam em suas teias de convicções aparentes.
São todos sucumbidos, consumidos com a chegada da próxima
geração que igualmente pensará que se faz produzindo no quase nada a que se
julgam muito ser dentro do sistema. Vivem o mundo pelo avesso, pelo reflexo
turvo e embaçado que os confundem.
Triste é perceber a arrogância, o pretenso domínio da vida e
das irremediáveis leis na pequena força de seus braços e pernas consumidos por
outra lei: a da gravidade lenta e cruel
É para o absoluto nada o percurso que trilham juntamente com
os já cônscios de suas condições.
A única e pertinaz diferença é o estado de consciência...
Com ou sem ciência...